São Paulo, domingo, 15 de setembro de 1996 |
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Tiro pela culatra Agosto de 1961. O presidente Jânio Quadros acabara de renunciar. O ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, e o chefe da Casa Civil, Quintanilha Ribeiro, convocam os três ministros militares. Explicam a situação e, veladamente, insinuam um pedido de apoio militar a Jânio. Terminada a reunião, os ministros militares saem, mas o da Guerra (antigo nome da pasta do Exército), Odílio Denis, faz menção de voltar, para apanhar uma pasta que esquecera na sala. Ernesto Geisel, ajudante-de-ordens, antecipa-se e volta para buscar a pasta do chefe. Os três chefes militares esperam. Pouco depois, Geisel reaparece e diz a seus superiores: - Preciso relatar um episódio muito estranho. Encontrei os dois ministros rindo à solta e dizendo que haviam conseguido enganar os senhores. Coincidência ou não, as Forças Armadas não deram apoio a Jânio, a renúncia se consumou, e o resto é história conhecida. Texto Anterior: Voto na frente; Aliados divididos; Dono do troféu; Revés inesperado; Dourando a pílula; Rede de intrigas; Trabalho em equipe; Fortalecendo o inimigo; Mui amigo; Água eleitoral; Idéia de gênio; Primeira classe; Revide malufista; Agente duplo; Baixando a bola; Polvo americano; Ataque petista Próximo Texto: O mistério do desenvolvimento Índice |
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