São Paulo, domingo, 15 de setembro de 1996 |
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DEPOIMENTO "Terminei um namoro de dois anos com um homem lindo, loiro de olhos azuis, inteligente, que chegou a morar comigo e nunca deixou faltar nada dentro de casa -mas até hoje desconfio que ele é gay. No primeiro ano, estava apaixonada e não me importei com a quantidade de amigos ambíguos (homem que tem jeito de homem, mas não gosta de mulher) que ligavam lá para casa. Achei até bom que fossem homens, e não mulheres: sinal (equivocado) de que não teria trabalho com ele. Na verdade, nesse primeiro ano, eu ainda não tinha desconfianças, e tudo era maravilhoso: na cama, ele foi o mais perverso de todos os meus namorados. Fazíamos de tudo. Hoje eu percebo que aquilo era mais um sinal de que ele era 'polivalente'. As brigas começaram no início do segundo ano de namoro, por causa do assédio masculino -eu senti ciúmes, tentava confirmar alguma história, mas ele não deixava rastros. Perguntava a ele diretamente, mas até o fim ele negou que fosse gay. Até o fim, não, até hoje -ele namora com outra menina. E mora no meu apartamento. Cinzia Ciano, 31, é dona de uma loja de importados no shopping Iguatemi. Texto Anterior: Mulher suspeita que o namorado é gay Próximo Texto: Buzinam na frente de casa Índice |
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