São Paulo, domingo, 15 de setembro de 1996
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Quem aplicou R$ 23 mil no dólar só "ganhou jantar"

JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem, no primeiro dia do Real, aplicou R$ 23 mil na renda fixa possui hoje R$ 51 mil; quem preferiu a Bolsa tem R$ 40 mil.
Quem investiu o mesmo em dólar, "em 26 meses, juntou o suficiente para pagar um jantar para toda a família no restaurante Fasano", diz David Gotlib, da Linear Investimentos.
Esse cenário mostra o motivo de os investimentos estarem concentrados na renda fixa (que paga juros): ganho seguro.
Nos próximos três anos, segundo estudo da Linear, esse cenário será profundamente alterado.
É que "está acabando a moleza do juro alto", afirma. Ou melhor, está começando a era de o investidor ter de medir o risco que está disposto a correr em suas aplicações.
Hoje, as Bolsas ficam com 6% do total; devem pular para 15% -nos EUA ficam com 40%.
E o próprio mercado de renda fixa será desdobrado em dois: o tradicional (que cai para 65% do total), para os recursos com prazo de até 180 dias, e, para prazos mais longos, o de "bonds" (títulos que representam dívidas e pagam juros, como os emitidos por empresas), que ficará com 20% do total (é de 30% nos EUA).
Essa migração, acredita Gotlib, já começou -embora seja ainda tímida. "Nossa captação dobrou em um ano. E 60% dos recursos administrados pela Linear já estão na renda variável."
(JCO)

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