São Paulo, domingo, 15 de setembro de 1996 |
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Cooperativa é saída para desemprego
LUÍS PEREZ
Mas, para fazer parte de uma, é preciso muito profissionalismo. "Cooperativismo não pode ser encarado como quebra-galho", diz Carlos Freitas, 54, assessor da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo). Segundo ele, uma das questões mais complicadas é a da contabilidade. O contador precisa controlar o trabalho e dividir os ganhos. Freitas diz que, entre os países do Primeiro Mundo, 30% do PIB (Produto Interno Bruto) é composto por cooperativas. No Brasil elas significam 6%. "Cooperativas podem estar vinculadas a empresas ou a outras cooperativas", diz Celso dos Santos, 68, superintendente da Ocesp. As organizações dão orientação e cursos sobre o tema -que tem legislação própria. Pesquisa da consultoria Manager mostra boa aceitação do sistema (quadro abaixo). Uma das que mais crescem é a Cooperdata, que reúne 450 digitadores. Há seis anos, o grupo foi demitido do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) e a cooperativa foi uma solução. Lá os digitadores ganham em média R$ 600. "É o dobro do que paga o mercado", afirma Maria Dulcelina da Costa, 42, presidente. O cooperativismo não existe só entre desempregados. É adotado também entre empregados. "Entre nós, profissionais liberais, a cooperativa preenche horas ociosas", diz Maud Fraguas, 56, presidente da Uniodonto. Uma das iniciativas mais bem-sucedidas foi a da CTV (Cooperativa dos Transportadores de Veículos), que trabalha para montadoras. "Cada vez recebemos mais consultas de como montar cooperativa", conta Armando Zoboli Filho, 48, presidente. A Coopercon (Cooperativa de Consultores e de Prestadores de Serviços) reúne vários profissionais, como engenheiros, advogados e psicólogos. "É multiprofissional, para atender às empresas em várias áreas", diz Luis Ricardo Manetti, 48, diretor-executivo. Texto Anterior: Advogado acha que sistema faz qualidade do serviço cair Próximo Texto: Instituto está com inscrições abertas Índice |
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