São Paulo, domingo, 15 de setembro de 1996 |
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Clubes exigem mais dinheiro das TVs
ALEXANDRE GIMENEZ; ARNALDO RIBEIRO
Segundo os dirigentes do Clube dos 13 (entidade que reúne os 13 principais clubes do país), o atual contrato, que vence em dezembro, está "defasado". Eles querem mais dinheiro e menos jogos na TV, a partir de 1997. "Infelizmente estamos presos, até dezembro, por um contrato feito há três ou quatro anos com as TVs. No final do ano, vamos negociar sob novas condições", disse Fábio Koff, presidente do Grêmio e do Clube dos 13. "Hoje, a oferta de jogos é muito grande. Precisamos diminuir as transmissões para aumentar o interesse do torcedor. Além disso, aquilo que as TVs pagam hoje é muito pouco em relação ao resto do mundo", acrescentou. "Na época em que esse acordo foi feito, as TVs pagavam qualquer coisa, aquilo que quisessem, e nós já achávamos bom. Não tínhamos poder de barganha", disse o presidente do São Paulo, Fernando Casal de Rey. Comparação Os números comprovam a tese dos dirigentes. Para transmitir o atual Brasileiro, as televisões pagaram cerca de US$ 12 milhões. "Dá mais ou menos US$ 300 mil para cada clube, mais os jogos do domingo à noite, que rendem US$ 92 mil para cada participante", explicou Koff. Na Espanha, os clube fecharam recentemente um acordo de US$ 360 milhões com as TVs por três anos de contrato (US$ 120 milhões por temporada). Na Inglaterra, uma única emissora, a Sky Sports, pagou cerca de US$ 1 bilhão pelos direitos de exibição das próximas cinco temporadas (US$ 200 milhões por ano). "Os clubes europeus puderam fazer grandes contratações, só com esse dinheiro antecipado pelas TVs. O nosso produto é muito barato. Isso está evidente", afirmou Koff. "O pior é que não recebemos o dinheiro das TVs antecipadamente", disse Seraphim Del Grande, vice-presidente de futebol do Palmeiras. (ALEXANDRE GIMENEZ) (ARNALDO RIBEIRO) Texto Anterior: Em Campinas Próximo Texto: Emissoras não pretendem pagar mais Índice |
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