São Paulo, domingo, 15 de setembro de 1996
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Banespa; Dia da Imprensa; Menores; Veneno; Decisão brilhante; Sensatez; Contrapartida; Decepção

Banespa
"Sobre o texto 'Três problemas paulistas' (8/9), de Celso Pinto: qualquer solução que implique transformar as duas instituições numa única deverá ser melhor analisada.
Patrimônio: se for feita a incorporação do Banespa pela Nossa Caixa haveria vários problemas, principalmente se dividido o Banespa em dois, porque ficaria para os atuais acionistas do Banespa, cerca de 143,8 mil pessoas físicas e jurídicas, o ônus de possuírem ações que, conforme jargão do mercado, poderiam virar pó.
Não seria mais lógico, do ponto de vista de gestão de patrimônio, utilizar a Nossa Caixa como dação em pagamento ao Banespa, por conta de parte da dívida do Estado junto a esse banco?
Banco ruim e banco bom: na hipótese de se promover a cisão do Banespa em um banco ruim e outro banco bom, como poderiam definir os ativos para a divisão nesses dois bancos?
Banespa viável: o Banespa é um banco viável e com qualidades próprias de grande estofo. As reformas estruturais, de ativos e de cultura, que iniciamos em nossa gestão, de alguma forma continuam sendo implantadas e o desempenho do banco tem sido bom, de forma a destacar sua participação de mercado crescente em vários produtos, a rentabilidade anunciada de sua coligada Banescor e várias informações positivas que temos lido, principalmente aquelas dadas a jornais pelo dr. Feitosa, atual presidente, que dão conta de seus resultados.
Paralelamente, a nível estadual, está sendo implantado o PED (Programa Estadual de Desestatização), aprovado pela Assembléia Legislativa, que difere de nosso PEP (Plano Estadual de Privatização) apenas no destaque dos ativos a serem privatizados, contemplando idênticas mecânicas."
Carlos Augusto Meinberg, ex-presidente do Banespa (São Paulo, SP)

Dia da Imprensa
"Congratulo-me com este conceituado veículo de comunicação que, por meio de um trabalho sério e imparcial de seus integrantes em todos os níveis, torna a rotina da notícia em nobre sacerdócio, na busca do progresso da sociedade."
Newton Bonumá dos Santos, general, comandante da Base, Comando da Aviação do Exército (Taubaté, SP)

Menores
"A lei do menor, criada pelos pais que desejavam proteger seus filhos delinquentes, tornou-se um terrível cancro social, por ser geratriz e protetora de assaltantes, ladrões e assassinos juvenis.
Um menor armado, corrompido pela mentalidade criminosa, é terrivelmente mais perigoso que um adulto.
O que a lei faz, deixando o menor no caudal do crime, é estúpido. Pois é na infância, início da formação mental, que o indivíduo tem que ser mais rigorosamente vigiado e tutelado."
Belmiro Ferreira da Silva (Rio de Janeiro, RJ)

Veneno
"Na edição de 12/8 a Folha publicou artigo do professor Attico Chassot intitulado 'O MST e a educação'.
Inicia sua coluna destilando seu veneno prenhe de ódio contra a TFP para justificar sua antítese de desfazimento de paz e amor pelo MST.
Não tenho procuração da TFP para defendê-la, mas não me consta que esta invada propriedades, o que é crime; mate, o que é crime; obstrua rodovias, impedindo a liberdade de ir e vir dos cidadãos, o que também é crime."
Maria Helena Costa (São Paulo, SP)

Decisão brilhante
"Parabéns ao Senado brasileiro, que demonstra estar preocupado com a imagem do Brasil no exterior reduzindo as penas para quem matar alguém em atropelamento.
Só falta agora o Senado estipular um prêmio para os assassinos. Ou seja, se matar mais de uma pessoa, a pena seria reduzida ainda mais."
Daniel F. Barbosa (Jundiaí, SP)

Sensatez
"Depois de muitas 'bobagens' que tem escrito -como ele próprio já o reconheceu numa de suas crônicas-, Carlos Heitor Cony resolveu dar uma de sensato...
Como que penitenciando-se de suas injustiças e maledicências, resolveu (2/9) escrever algo -digamos- belo e justo, ao reconhecer a injustiça de que está sendo vítima Ana Lúcia Magalhães, nora do presidente da República. Parabéns, sr. Cony!"
Ivan Cardoso Malta (São Paulo, SP)

Contrapartida
"As nossas elites são muito férteis em soluções que redundam em enxugamento de mão-de-obra para os que estão na base da pirâmide.
O prefeito Maluf, por exemplo, quer eliminar a figura do cobrador de ônibus, como se vivêssemos em uma Suécia ou Holanda.
Nós daqui da base da pirâmide também temos uma proposta para os que estão na cúpula: que tal concentrar o trabalho que é feito pelos senadores nos deputados, eliminando o caríssimo e dispendioso Senado?
Além dos salários, planos de saúde e aposentadoria que não precisariam ser pagos, as empreiteiras e banqueiros também teriam menos gastos para elegê-los, o que também livraria os cofres públicos de um grande número de obras desnecessárias, da transferência de bilhões para os bancos, além de tornar a representação do povo no Parlamento mais democrática..."
Elias da Costa Ramos (São Paulo, SP)

Decepção
"Fiquei surpreso ao constatar que um comentário de minha autoria, feito por meio do fórum sobre o rodízio de carros, foi publicado na edição de 1º/9 da Folha (pág. 3-9, 'O caso das fraldas').
A surpresa foi ao mesmo tempo grata e decepcionante. Grata por perceber que meu estilo chamara a atenção de um profissional jornalista.
Decepcionante ao notar que o parágrafo de conclusão, aquele onde apontava minha opinião sobre a alternativa para o rodízio, onde eu tentava colocar em discussão uma possível solução para o problema da poluição que tanto nos incomoda, aquele parágrafo que justificava a construção de todo o texto, e para onde o texto chamaria (como chamou) a atenção, fora cortado pelo profissional, esvaziando minha opinião e fazendo-me parecer um tolo, inconformado com a impossibilidade de fazer uma pequena economia, e sem nenhum senso ecológico e nenhuma sugestão a colocar para a solução do problema que todos enfrentamos."
Ilson Luiz Pereira (São Paulo, SP)

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