São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996 |
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Brizola amarga esquecimento
WILSON TOSTA
Brizola, até agora, só participou de duas atividades públicas da campanha do candidato pedetista na capital, Miro Teixeira: uma caminhada por ruas do centro e uma panfletagem na zona oeste. A panfletagem mostrou a diferença do presente em relação ao passado. Em lugar da vibração popular com que era saudado, o ex-governador, quando participava de panfletagem em Vila Kennedy (zona oeste), foi recebido com hostilidade por cabos eleitorais do PT do B. Houve empurrões. O ex-governador só entrou na campanha carioca após o início da propaganda na TV. O PDT não admite, mas a demora foi parte da estratégia do partido para evitar que a rejeição de que padece contaminasse o candidato pedetista. Em São Paulo, a mesma tática foi usada. Até agora, o pedetista Francisco Rossi evita ser publicamente identificado com Brizola. Atualmente, o ex-governador trabalha para barrar a proposta de reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Para isso, mantém contato com a direção nacional do PT e fala numa eventual frente com outras forças políticas. Brizola faz questão de dizer que não concorrerá mais à Presidência: "Já vivi meu quarto de hora e não aceito nem mais três minutos". O ex-rival de 1989 Lula virou parceiro: há duas semanas, os dois foram juntos a Juiz de Fora (MG) fazer campanha para a chapa que os dois partidos montaram para disputar a prefeitura local. Porto Alegre Desde a primeira eleição direta nas capitais, depois da redemocratização do país em 1985, o PDT vem perdendo força eleitoral em Porto Alegre (RS). O atual candidato pedetista à prefeitura da capital gaúcha, Vieira da Cunha, teve 2% das intenções de voto na pesquisa Datafolha publicada no último dia 11, ocupando a sexta colocação. O líder, Raul Pont (PT), recebeu 57%, na mesma pesquisa. O último êxito do PDT em Porto Alegre foi a vitória de Alceu Collares, em 1985. Colaborou a Agência Folha, em Porto Alegre Texto Anterior: "Vou continuar peregrinando" Próximo Texto: 'Decadência é coisa natural', diz Arraes Índice |
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