São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996
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Anne Frank supera defeitos

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

"O Diário de Anne Frank" é ave rara na programação de hoje. Faz sua estréia no Telecine (à 0h30) em meio a filmes ora ruins ora já muito vistos recentemente.
Melhor para "O Diário", um filme de 1959, que se renova com isso e pode até superar suas deficiências.
Sua mais evidente qualidade vem da história da garota judia Anne Frank (Millie Perkins) que, com sua família, vive escondida em Amsterdã. Anne cairá nas mãos dos nazistas, mas não seu diário.
O setor "grande tema" está, portanto, muito bem defendido. Aí começa o problema. Tudo é tratado com excessiva solenidade, como se os diários não tivessem grandeza própria.
Daí, talvez, a Fox e Stevens terem optado pela filmagem em cinemascope de um filme que se passa em espaços fechados.
Essas rebarbas afetam o resultado final, mas não chegam a abalar o drama contido na história. No fim das contas, ele é o que importa, ainda hoje.
(IA)

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