São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996
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Candidatos do PT e PSB fazem pacto para o 2º turno em Belo Horizonte

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Virgílio Guimarães (PT) e Célio de Castro (PSB), candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, deixaram de lado as desavenças e assumiram ontem, publicamente, o compromisso de ficar juntos no segundo turno da eleição na capital mineira.
O compromisso foi firmado durante debate entre os candidatos -apenas Júnia Marise (PDT) não compareceu- realizado na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Cerca de 300 pessoas assistiram ao debate.
O pacto de apoio surgiu após declaração de Castro, atual vice-prefeito de Belo Horizonte na administração petista, de que a disputa em Belo Horizonte está sendo travada entre a "justiça social e o neoliberalismo".
Castro identificou o candidato tucano, Amilcar Martins (PSDB), como sendo o candidato neoliberal. Segundo a última pesquisa do Datafolha, Martins tem 27%, Guimarães, 24%, e Castro, 16%.
"Se eu não for para o segundo turno, e lá estiver o candidato da Frente BH Popular (Guimarães), a minha decisão pessoal será de apoio a esse candidato", disse.
A resposta de Guimarães veio em seguida, selando o pacto. "Quero dizer sim, Célio: se você estiver no segundo turno, estarei na linha de frente contra o projeto neoliberal. A Prefeitura de Belo Horizonte não vai retroceder."
Espólio petista
Os dois disputam o espólio da administração petista de Patrus Ananias. Guimarães diz ser o candidato de Patrus Ananias, por ser do mesmo partido. Castro reivindica essa herança por ser o vice-prefeito.
Castro, que está coligado com o PMDB, reafirmou que sempre militou no "campo da esquerda" e que nele vai permanecer.
O vereador Amilcar Martins, candidato tucano lançado pelo governador Eduardo Azeredo (PSDB), disse que o fato de os seus adversários o identificarem como sendo neoliberal "mostra preocupação" por sua candidatura "estar crescendo muito".

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