São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996
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Enfermeira é assassinada em Barretos

Marido é acusado de disparar tiros

DA FOLHA NORDESTE

A enfermeira Elaine Garcia Silva, 31, foi assassinada com quatro tiros ontem no centro de Barretos (438 km a noroeste de São Paulo).
A polícia suspeita que o autor dos disparos seja o ex-marido de Elaine, o motorista Vladimir da Silva, 35, que está foragido.
A filha do casal, de 6 anos, cujo nome não foi divulgado, estava com a enfermeira no momento do crime. Segundo depoimento de testemunhas à polícia, a menina gritava "foi o papai" após o crime.
Segundo o delegado Antonio Simões, o crime foi passional. A família, porém, suspeita de vingança. A prima de Elaine, Sílvia Oliveira, disse que Silva queria ficar com a guarda da criança.
"Ele não se conformava em ter perdido a guarda da filha para a mãe", afirmou Sílvia. A criança, que entrou em estado de choque, está sob cuidados da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Barretos.
Segundo a Delegacia da Mulher, Elaine registrou boletim de ocorrência contra o marido havia cerca de duas semanas. Segundo a polícia, ela se sentia ameaçada por Silva.
O crime
Elaine estava na esquina da rua 18 com avenida 17, na região central da cidade, no momento do crime. Segundo testemunhas, Silva chegou ao local e começou a agredi-la fisicamente.
As pessoas tentaram impedir a agressão, mas o motorista sacou a arma. Em seguida, de acordo com as testemunhas, Silva teria disparado quatro tiros na enfermeira e fugido em um Fiat Uno.
Elaine foi levada para a Santa Casa de Barretos, mas não resistiu aos ferimentos e chegou morta ao hospital.
A Folha conversou ontem com dois primos de Elaine, que não se identificaram. Eles afirmaram que o casal brigava e se separava constantemente. Havia 15 dias, Elaine mudou-se para Barretos.
Ontem, o corpo de Elaine passou por necrópsia no IML (Instituto Médico Legal) de Barretos. O enterro acontece hoje em Bebedouro. O caso será investigado pela Delegacia da Mulher de Barretos.

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