São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996
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Lei do passe no boxe

WILSON BALDINI JR.

O ex-jogador de futebol do Corinthians da década de 50, Luisinho, "O Pequeno Polegar", revelou que em uma negociação conturbada para a renovação de seu contrato chegaram a cogitar sua ida para o rival Palmeiras. Seu pai interferiu e não permitiu a "traição".
Nesta semana foi duro ver Viola com a camisa palmeirense. São outros tempos. Mas bem que o Viola poderia ter ido jogar no Flamengo, São Paulo, Milan, Yokohama Flugels...
No boxe algumas "traições" até que seriam benéficas. A maior e melhor delas seria o divórcio de Mike Tyson x Don King. Isto chegou a ser cogitado enquanto Tyson esteve na cadeia. Mas não passou de boato. Que pena!
Rudy Gonzalez, ex-guarda-costas do peso-pesado, afirma em um livro que King foi o maior responsável pela prisão de Tyson. O estupro, Desireé Washington, tudo teria sido apenas uma armação para dar um "corretivo" em Tyson, que exigia na época (1991) o duelo com Evander Holyfield. O empresário já planejava o retorno triunfal.
Como no futebol, no pugilismo também poderia acontecer uma revolução na "Lei do Passe dos Boxeadores". Os próprios lutadores poderiam resolver quais seriam seus adversários.
E venderiam o "produto" para um local que exploraria da melhor maneira possível, visando o seu lucro. Sugar Ray Leonard e Roberto Duran tiveram algumas experiências.
As bolsas serão menores? Talvez. Em compensação as lutas seriam melhores, haveria um número maior de lutas por ano, e a credibilidade voltaria à nobre arte.
Dia 9 de novembro, Don King quer colocar na mesma noite: Tyson x Holyfield, Michael Moorer x Frans Botha e Lennox Lewis x Oliver McCall. Todos empresariados por ele, garantindo um faturamento para King de mais de US$ 300 milhões. É certo?

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