São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996 |
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Fazendeiros do Pará ameaçam se armar Governador quer negociar com sem-terra ESTANISLAU MARIA
"Vamos respeitar a lei e a ordem e esperar a ação do governo. Se continuar essa inércia de hoje, vamos seguir a Constituição e defender nosso patrimônio a qualquer custo", disse o presidente Faepa (Federação da Agricultura do Estado do Pará), Carlos Xavier. Segundo Xavier, há hoje no sul do Pará 32 reintegrações de posse autorizadas pela Justiça ainda não cumpridas pela Polícia Militar. Os fazendeiros afirmam que pelo menos 50 áreas foram invadidas no sul do Pará nos últimos 18 meses. A direção do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Marabá, negou-se a comentar as ameaças de fazendeiros. Organizado pelos sindicatos rurais, Faepa e Confederação Nacional da Agricultura, o ato "em defesa da lei e da ordem no Pará" reuniu representantes de 17 sindicatos rurais e cerca de mil pessoas. O governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB), disse que não vai mandar a polícia retirar os invasores para cumprir as reintegrações de posse enquanto não negociar uma alternativa de trabalho para os sem-terra: "Tenho todo o interesse em retirar os invasores das fazendas ocupadas, mas não podemos jogar uma multidão de desempregados à beira das estradas". Texto Anterior: Fazendeiro reclama de valor Próximo Texto: RS assina renegociação de R$ 6,1 bi Índice |
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