São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Grupo quer investir R$ 350 mi em 4 anos

DA SUCURSAL DO RIO

O coordenador do consórcio MRS Logística, Armando Galhardo Guerra Júnior, afirmou que os novos concessionários da Malha Sudeste vão investir R$ 350 milhões nos próximos quatro anos para colocar o trecho no "estado da arte" (o máximo em qualidade) em termos ferroviários.
O consórcio é formado pelas empresas CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), MBR (Minerações Brasileiras Reunidas) -do grupo Caemi-, Usiminas, Cosigua, Ultrafértil, Interférrea, Ferteco, Celato -formada por três empresas que operam com transporte rodoviário ou marítimo (Tora, Cesa e Lachmann)- e ABS (grupo Bradesco).
O Bradesco aderiu ao consórcio na véspera do leilão mas, segundo Guerra, não decidiu ainda se participará do grupo controlador da ferrovia.
Direção
Guerra afirmou que a empresa administradora da ferrovia, que vai se chamar MRS Logística S.A., terá uma direção profissional, escolhida fora dos quadros dos controladores.
Para operar o trecho ferroviário, serão contratados técnicos da RFFSA e haverá também uma assessoria internacional.
Empresas ferroviárias dos Estados Unidos e do Canadá disputam o contrato para operação.
As metas da MRS são de, até o ano 2001, aumentar a carga transportada anualmente no trecho de 46 milhões de toneladas para 69 milhões de toneladas. A receita líquida passaria assim de R$ 322 milhões para R$ 461 milhões.
Demissão voluntária
Armando Guerra afirmou que a nova operadora da Malha Sudeste vai trabalhar com um efetivo de 6.600 empregados. Atualmente a Malha tem 7.700.
O presidente da RFFSA, Isaac Popoutchi, disse que os 1.100 empregados excedentes deixarão a empresa voluntariamente até a assinatura do contrato com a MRS.
A RFFSA tem em andamento um programa de demissões voluntárias incentivadas.
Pelo cronograma oficial, o contrato de concessão da MRS deve ser assinado no dia 19 de novembro. Esse prazo é prorrogável por mais 60 dias.

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