São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996 |
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Serra promete enxugar quadro de servidores Tucano pretende ter plano de demissão voluntária CARLOS EDUARDO ALVES
O anúncio foi feito ontem pelo candidato. "Haverá compensação financeira para quem aceitar. Ninguém vai perder os direitos acumulados", afirmou. Segundo o candidato, durante a campanha ele tem sido procurado por funcionários da prefeitura que manifestam interesse em se desligar do quadro municipal. "O programa de demissões voluntárias é adotado com sucesso em Estados como o Rio Grande do Sul", argumentou Serra. O tucano visitou ontem a Bolsa de Mercadorias & Futuros, no centro de São Paulo. Foi aplaudido pelos operadores e elogiado pelo presidente da bolsa, Manoel Pires da Costa. "Serra tem história com o mercado", declarou Costa. Em entrevista, o peessedebista repetiu que o superfaturamento do preço de obras tornou-se prática comum na administração do prefeito Paulo Maluf (PPB). Serra afirmou que, se suceder Maluf, vai revisar "todos" os preços de obras feitas na atual gestão. "Ele (Maluf) está tão empenhado na eleição para evitar que se faça uma revisão dos preços", disse. No ataque a Maluf, Serra apelou ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, quando respondeu às seguidas afirmações do atual prefeito de que nenhum adversário conseguiu provar envolvimento seu com atos de corrupção. "O Maluf escapou como o Collor, mas não é mais inocente que o Collor", atacou. "O Maluf é o inspirador, o padrinho intelectual e professor do Collor", acrescentou. Aliança Serra, que aposta tudo na polarização com o malufismo, embora esteja no terceiro lugar na pesquisa do Datafolha, acusou PPB e PT de conluio para afastá-lo do segundo turno da disputa paulistana. "Estão criando um novo ser político em São Paulo: o 'Malundina"', disse sobre o que seria uma junção de Maluf com Luiza Erundina, candidata do PT à prefeitura. Os elogios de Maluf à campanha do PT foram aproveitados por Serra ao argumentar sobre a existência do suposto acordo. "O Maluf é mais desinibido e já faz elogios a Erundina. Ela reage mais recatadamente", afirmou. Serra respondeu a Carlos Augusto Montenegro, diretor-executivo do Ibope, que anteontem desafiara o candidato a negar que sua empresa não fora contratada para fazer pesquisas para a campanha tucana em São Paulo. "Garanto que não existe contrato", disse Serra, que reafirmou não considerar ético o fato de um instituto de pesquisa prestar serviço a um candidato e, na mesma campanha, trabalhar também para veículos de comunicação. Mudança O gabinete do prefeito de São Paulo vai mudar de endereço mais uma vez, caso o PSDB vença a eleição. Serra declarou que considera o Palácio das Indústrias, atual sede do Executivo, próprio para abrigar a Secretaria de Cultura, mas sem "funcionalidade". A idéia é levar o gabinete para a área do chamado "centro velho". Texto Anterior: Sepúlveda rebate Jatene Próximo Texto: Motta vê 'patética aliança' em SP Índice |
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