São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996 |
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Prefeitura culpa moradores
DA REPORTAGEM LOCAL A assessoria da Sehab (Secretaria da Habitação) afirmou ontem que alguns moradores das áreas invadidas vinham ameaçando colocar fogo nos abrigos para pressionar a prefeitura a cadastrá-los para o projeto Cingapura.Os moradores consultados pela reportagem negaram esta versão. Segundo a secretaria, existem na favela hoje 29 prédios do Cingapura concluídos, com 580 apartamentos no total. Outros 120 apartamentos (6 prédios) devem ser entregues até o final do ano. Segundo João Leopoldo Camargo, 36, superintendente de Habitação da Sehab, a entrega dos novos apartamentos iria atender a todos os moradores antigos da favela. Os moradores da área invadida, onde estava a maioria dos barracos incendiados ontem, não teriam direito aos apartamentos por terem se instalado neste ano, após o início das obras, segundo Camargo. Alguns moradores, no entanto, afirmaram estar no local há mais de dois anos. Pronto-socorro Apenas dois moradores foram atendidos no Pronto Socorro de Santana, em casos sem gravidade. Valmir Dias Pereira dos Santos, 28, teve uma crise nervosa e foi acalmado pelos médicos do hospital, sem a necessidade de medicamentos, e liberado em seguida. Dilma Viana Franca, 37, teve um princípio de intoxicação pela fumaça, mas também não precisou ser medicada e teve alta imediata. Texto Anterior: Desabrigados reclamam da condição de contêiner Próximo Texto: Estação poderia ter impedido choque de trens Índice |
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