São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Crianças receberão cartilha de cidadania

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O movimento antiviolência Reage São Paulo vai elaborar uma cartilha sobre exercício da cidadania voltada para crianças.
A intenção, segundo Albertina Dias Café e Alves, uma das coordenadoras do movimento, é distribuir o material em todas as escolas da cidade. Ela não sabe ainda quantas cartilhas serão feitas.
A cartilha está sendo elaborada por um grupo de educadores de vários colégios de São Paulo. "Queremos criar uma geração mais consciente, para tentar resgatar o respeito pelo próximo", disse Albertina.
Segundo ela, a cartilha vai ensinar os direitos e deveres do cidadão em forma de histórias em quadrinhos. A distribuição deve começar em meados de outubro.
Albertina afirmou que está entrando em contato com entidades empresariais e sindicais para financiar o projeto.
Segundo ela, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado do São Paulo) se prontificou a confeccionar parte do material.
Além de explicar o que é cidadania em uma linguagem acessível às crianças, a cartilha vai explicar também quais são as responsabilidades dos governantes.
O material também trará dicas como não jogar lixo no chão e respeitar os colegas de classe. Segundo Albertina, a próxima etapa do projeto será elaborar uma cartilha direcionada aos jovens.
Covas
Na próxima segunda-feira, coordenadores do movimento vão até o Palácio dos Bandeirantes protocolar um pedido de audiência com o governador Mário Covas.
Segundo Albertina, na audiência, que ela gostaria que acontecesse na própria segunda, será entregue uma pauta com quatro reivindicações básicas para tentar diminuir o problema da violência.
As reivindicações imediatas do movimento Reage SP são policiamento preventivo e ostensivo 24 horas em toda a cidade e policiamento nas escolas.
As outras reivindicações são patrulhamento interno das delegacias pela PM, para conter a fuga de presos, e construção de 20 cadeias, para diminuir a superlotação dos presídios. "Queremos deixar claro que mais cadeias não vão diminuir a violência, mas eliminam a superlotação", disse Albertina.

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