São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Em 1917, houve 14 mortes

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A revolta da população de Garanhuns (PE), que na quarta-feira tentou linchar os quatro acusados pelo assassinato de Juceline Belarmina de Araújo, fez o comando da PM temer a repetição de um fato ocorrido na cidade em 1917.
O episódio daquela época ficou registrado como a "hecatombe de Garanhuns" e é contado no livro "Epopéia de Bravos Guerreiros", do coronel PM Jorge Luiz de Moura, 49.
A única cadeia pública da cidade na época foi invadida pela população e por pistoleiros para linchar um preso acusado pelo assassinato de um deputado da região.
Na invasão, a multidão matou os cinco policiais que guardavam a cadeia.
Em seguida, houve brigas de rua, com muitas pessoas esfaqueadas. No total, morreram 14 pessoas.
Na quarta-feira passada, moradores de Garanhuns destruíram as casas dos três acusados pelo assassinato.
Temendo que a multidão invadisse a cadeia para linchar os presos, as polícias Militar e Civil montaram uma operação especial -os quatro foram transferidos para locais diferentes e a polícia divulgou que eles haviam sido levados para Arcoverde, a 200 km da cidade.

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