São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Agente troca tiros com sul-coreanos

Ele seria um de sete norte-coreanos fugitivos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Forças de segurança da Coréia do Sul trocaram tiros hoje pela manhã (noite de ontem no Brasil) com pelo menos um suposto agente da Coréia do Norte, disse um porta-voz do Departamento da Defesa sul-coreano.
O governo da Coréia do Sul disse que poderia haver um outro agente envolvido no confronto.
O norte-coreano seria um sobrevivente de um grupo de possivelmente 26 agentes da Coréia do Norte que chegaram de submarino no país na quarta-feira.
O recente tiroteio ocorreu em uma montanha próxima à cidade de Kangnung às 10h de hoje (22h de ontem em Brasília). Um soldado sul-coreano teria ficado ferido no enfrentamento.
A Coréia do Sul anunciou ontem que vai protestar formalmente contra a suposta invasão de seu território pelos norte-coreanos.
O governo capitalista de Seul disse que vai endurecer sua política com o vizinho comunista. "A incursão dos agentes norte-coreanos constitui uma violação do tratado de armistício entre ambos os países e cria uma ameaça para a paz e a segurança na península coreana", disse um comunicado.
O armistício a que se refere a nota foi feito em 1953, interrompeu a Guerra da Coréia e selou a divisão da península em duas partes.
Até agora, a Coréia do Sul tinha como política não levar à ONU os conflitos com o Norte.
Pelo menos 18 supostos agentes norte-coreanos já morreram na operação. Eles chegaram à Coréia do Sul quando o submarino em que estavam encalhou na costa leste do país. Um gigantesco cerco militar foi organizado.
Apenas um deles foi preso. No último interrogatório, Lee Kwang-soo disse que ainda há sete norte-coreanos desaparecidos.
A polícia não sabe se Lee, 31, está cedendo à pressão ou quer confundir as buscas.
Segundo o norte-coreano, os sete fugitivos são mais preparados do que os mortos anteriormente.
Especialistas militares disseram ontem que soldados sul-coreanos podem ter cometido uma chacina contra três dos norte-coreanos mortos anteontem.
Os corpos foram encontrados enfileirados e com tiros na cabeça. O Ministério da Defesa diz que eles morreram em tiroteio.

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