São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Rede Globo; Parcialismo; Trabalho infantil; Experiência; Oportunismo da elite; Saída

Rede Globo
"Meus cumprimentos à Folha pelo heróico ato de enfrentar em pé de igualdade a todo-poderosa Rede Globo, ao se defender e revelar a versão dos fatos atuais e ao expor a sórdida tela política que sempre envolveu os interesses de tal emissora.
Cumpre agora à Justiça Eleitoral demonstrar que -como este independente jornal- também não tem nada a temer."
Maristela Faustino Gavioli (Divinolândia, SP)
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"Brilhante, corajosa e irretocável a resposta da Folha à Globo.
Muitos anos ainda serão necessários para que a Vênus Platinada possa ousar o substantivo ética."
Cláudio Ornellas da Silva (Rio de Janeiro, RJ)
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"O material que vocês publicaram, desmascarando a Rede Globo, valeu por todos os anos de luta, pelos torturados, pelos desaparecidos e pelos que morreram lutando em defesa da democracia e das liberdades individuais e coletivas.
Parabéns. Obrigado pela coragem de vocês."
Edson Francisco Stein, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná -Sindiquímica (Curitiba, PR)

Parcialismo
"É na manchete, é na foto produzida, é no 'Painel', é no editorial, é na página política.
A Folha continua sua campanha particular pelo segundo turno Pitta/Serra.
Sacou tanto contra sua conta de credibilidade que ela está no vermelho.
É uma pena."
Eduardo Jorge, deputado federal pelo PT-SP (Brasília, DF)
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"O título 'Pitta cai e...' (19/9) dá aos leitores a sensação de que a Folha está levemente inclinada a favor da candidatura de Luiza Erundina (PT), o que seria lamentável.
Não fica bem a um jornal apartidário e pluralista, como é o caso da Folha, tomar partido ou posição a favor deste ou daquele candidato. Isso é feio!"
Gilberto Motta da Silva (Curitiba, PR)
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"Sempre achei irracional a atitude das pessoas que costumam questionar a idoneidade das pesquisas eleitorais quando o resultado não as agrada, no entanto, após a divulgação da pesquisa do Datafolha dos dias 21 e 22, realizada estranhamente tão pouco tempo depois da anterior (dias 19 e 20) e registrando um incrível crescimento de Celso Pitta, não pude deixar de estranhar.
Não acredito mais no Datafolha, pois não acredito mais na Folha. Por que tanta docilidade com o senhor prefeito? Por que não lembrar quem foi Maluf? Por que não investigar o custo das obras?
Por que não fazer novas pesquisas sobre o que as pessoas pensam do PAS? Por que não lembrar da péssima qualidade das merendas?"
Francisco Faria Jr. (São Paulo, SP)
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"Salta à vista que alguns repórteres e redatores da Folha são simpatizantes declarados do PT.
Que tal, também, criticar o PSDB e desvendar que mistérios envolvem seu candidato José Serra?
E o candidato evangélico Francisco Rossi que, felizmente, só cai nas pesquisas e mesmo assim leva 'chumbo' e quente?
Quanto ao partido do Maluf, o que escrever? É o alvo preferido. Mas será que não é também por vender jornal, provocar polêmica? Não há obra social ou não que não mereça aplausos deste jornal?
O PT? Será que é uma ilha no meio desse oceano de incompetência, corrupção etc?"
José Roberto Cunha (São Paulo, SP)
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Trabalho infantil
"A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Ribeirão Preto aponta erro na reportagem 'Estudo aponta riscos à saúde de crianças'.
Segundo a referida reportagem, os sindicatos locais estimam em 4.000 o número de crianças que cortam cana na região de Ribeirão Preto, num universo de 40 mil trabalhadores. Esse dado é de 1992 e está desatualizado.
Objetivando a extinção da exploração da mão-de-obra infanto-juvenil no corte da cana-de-açúcar, o Ministério Público do Estado de São Paulo vem realizando na região de Ribeirão Preto, junto com as organizações sindicais, não-governamentais e agentes do Ministério do Trabalho, fiscalizações nos canaviais.
Esse trabalho pioneiro iniciou-se em 1991. Já na safra de 1994, dos 37.421 trabalhadores que cortaram cana, 1.871 eram adolescentes.
Em 1995, o número de adolescentes empregados clandestinamente no corte da cana foi de 835, ou seja, 2,5% do total da força de trabalho contratada (33.385 trabalhadores).
Desde 1993 não foram mais encontradas crianças no corte da cana nessa região, apenas adolescentes. Durante a presente safra, nas seis diligências já realizadas no campo, não foram encontrados adolescentes no corte da cana.
A expectativa do Ministério Público e do movimento sindical é a de que, no ano de 1996, seja 'zerado' o número de adolescentes nessa atividade."
Marcelo Pedroso Goulart, promotor de Justiça da Infância e Juventude de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP)

Resposta da jornalista Shirley Emerick - A reportagem trata especificamente de uma pesquisa feita pela professora Neiry Primo Alessi, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP). Segundo seu estudo, os sindicatos estimam que cerca de 4.000 crianças trabalham no corte da cana-de-açúcar. Esse foi o dado apresentado na oficina sobre os impactos do trabalho precoce na saúde de crianças e adolescentes.

Experiência
"Será que a Folha não está exagerando quando diz em seu editorial de 17/9 que muita gente está morrendo por causa dos efeitos tóxicos do álcool sem saber que eles existem?
Francamente, não me parece necessária nenhuma erudição ou sofisticação para que se conheçam os efeitos nocivos da bebida. A própria experiência, passada de geração a geração, já é suficiente."
Alexandre Mello de Azevedo (Campinas, SP)

Oportunismo da elite
"Excelente a invectiva do sempre lúcido Roberto Romano contra o sarampo penal-terrorista da elite paulista -e brasileira (vide caso Daniella Perez).
Elite que dá mostras de ser o que sempre foi: social-democrata quando convém, liberal quando possível e fascista quando necessário."
José Eduardo F. Giraudo (Brasília, DF)

Saída
"O tema principal da campanha do senador José Serra é a continuidade das obras do metrô, cuja competência é, na realidade, do governo do Estado e não do município da capital.
Talvez a mensagem que Serra queira transmitir ao povo é que, como prefeito de São Paulo, fará por si e pelo próprio governador, também do PSDB, que, após dois anos e meio de mandato, nada fez de concreto pelo Estado.
É uma forma que Serra encontrou para tentar diminuir o impacto negativo que a falta de criatividade do sr. Mário Covas criou junto à sua candidatura."
Alberto Murray Neto (São Paulo, SP)

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