São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Previdência perde com desemprego Desde 90, rombo é de R$ 8,98 bi VIVALDO DE SOUSA
O cálculo foi elaborado pela Dataprev a partir de dados do Ministério do Trabalho divulgados pela Folha no domingo passado, tendo como base um salário médio de três mínimos por desempregado. Dataprev é a empresa de processamento de dados da Previdência. O valor de R$ 8,98 bilhões corresponde a quase três vezes o valor da última folha de benefícios: R$ 3,3 bilhões. A estimativa de perda de receita nos seis primeiros meses de 1997 (R$ 1,11 bilhões) seria suficiente para equilibrar as contas da Previdência Social, que devem registrar um déficit de R$ 1,1 bilhão, na melhor das hipóteses. A redução dos empregos formais se reflete diretamente na arrecadação do Instituto Nacional do Seguro Social, porque o recolhimento é feito com base no total de trabalhadores com registro em carteira. O levantamento divulgado pela Folha mostrou que as empresas contrataram 52,508 milhões de trabalhadores de janeiro de 1990 a junho deste ano. No mesmo período, demitiram 54,568 milhões. Arrecadação O número de contratações pelas empresas é um termômetro para o INSS estimar queda ou aumento na arrecadação da contribuição previdência, que vem mostrando um bom desempenho neste ano em relação ao ano passado. A arrecadação líquida da contribuição previdenciária teve um crescimento real (acima da inflação) de 9,8% nos sete primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 1995. Passou de R$ 18,2 bilhões para R$ 22,4 bilhões. No mesmo período, a arrecadação de impostos pela Receita Federal registrou uma queda de 1,65%. A análise da evolução mensal da arrecadação mostra que o desempenho melhorou depois de junho, quando começou a cobrança da contribuição sobre o pró-labore pago a executivos -cerca de R$ 120 milhões a mais por mês. Texto Anterior: O pacote dos Estados Próximo Texto: TRE suspende condenação da Globo Índice |
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