São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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Brasileiros entram hoje em quadra pela 1ª divisão

DA REPORTAGEM LOCAL

Os times do Brasil e da Áustria se enfrentam hoje na decisão da repescagem da Copa Davis de Tênis.
O vencedor do confronto se classifica para o Grupo Mundial da Copa Davis de 1997, integrado pelas 16 melhores equipes do mundo.
Na primeira partida, às 10h30, o brasileiro Gustavo Kuerten, 20, tem pela frente um adversário difícil, o austríaco Thomas Muster, 28, o terceiro do ranking mundial.
No segundo jogo, às 13h30, o brasileiro Fernando Meligeni, 25, quarto colocado na Olimpíada de Atlanta, enfrenta Markus Hipfl, 18.
Na abertura do torneio, sexta-feira, Muster ganhou de Meligeni (3 a 0), e Kuerten venceu Hipfl (3 a 2). A partida de duplas estava programada para ontem.
Gustavo Kuerten, o Guga, o número um do time brasileiro, foi o destaque na primeira rodada. Ao superar o adversário de virada, após estar perdendo por 2 a 0, ele empolgou a torcida.
Kuerten (1,90 m e 82 kg), catarinense de Florianópolis, estreou na Davis em fevereiro, marcando um ponto decisivo diante do Chile, na dupla, com Jaime Oncins.
Depois ele garantiu dois pontos contra a Venezuela, em simples. É o 94º posto do ranking mundial.
Esta é a primeira vez que ele participa de um torneio em São Paulo como titular do Brasil. Disse que está feliz porque a divulgação é grande e pode mostrar seu jogo para quem não o conhece.
Mas, na partida de hoje, o adversário é favorito. O canhoto Thomas Muster (1,80 m e 75 kg) já ganhou mais de US$ 8 milhões em prêmios e, em 1995, venceu o Aberto da França.
Meligeni, que foi derrotado por Muster, disse que o austríaco "é uma máquina" de jogar tênis.
As maiores chances de vitória do Brasil estão depositadas em Fernando Meligeni (1,81 m e 64 kg), o 119º do ranking mundial.
O adversário dele, Markus Hipfl (1,78 m e 70 kg), é um juvenil em ascensão. Começou bem contra Kuerten, mas se descontrolou e permitiu que o brasileiro reagisse.
Depois da derrota para Muster, Meligeni ficou aborrecido, mas logo se recuperou. "A concentração é total para o último jogo", disse.
O piso sintético, o escolhido pelo Brasil com a intenção de atrapalhar um pouco os austríacos, mais acostumados a jogar no saibro, não se mostrou decisivo.
"O piso é loteria. Não é bom para ninguém", afirmou Meligeni. O austríaco Muster, que chegou a reclamar de um defeito no piso durante a vitória sobre Meligeni, disse que a quadra "estava boa".

NA TV - Globosat/Sportv, ao vivo, às 10h30

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