São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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Arquiteto assume paixão pelo clube e coleciona 'porquinhos'

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Devotar quase todo o tempo livre ao Palmeiras. É a mania do arquiteto João Armentano, um dos mais requisitados do país.
"Tenho sangue verde", brinca Armentano. Dono de uma coleção de porquinhos, o símbolo adotado pela torcida palmeirense, parte dela enfeita as prateleiras da estante de seu escritório, em São Paulo.
"Não sei quantos porquinhos tenho. Não costumo contar nada do que possuo. É uma superstição", afirma.
Armentano diz que torcer pelo Palmeiras é como se fosse uma religião, um casamento. "Nasci com isso", assume.
Tanto assim que, à época em que o time andava mal das pernas, seu filho Thiago, então com 7 anos, quase rompeu a tradição da família, herdada do bisavô.
"Fiquei maluco. O São Paulo ganhava tudo, e o Palmeiras nada. O Thiago ia para a escola, e todos os amigos eram são-paulinos. Ele ficou com medo, dizia aos tios que queria torcer pelo São Paulo, mas não conseguia me dizer. Um horror", ri hoje.
A opção do filho pelo mesmo time do pai aconteceu em um jantar da família. Irritado com a situação, Armentano disse:
"Meu avô era palmeirense e Armentano. Meu pai era palmeirense e Armentano. Eu sou palmeirense e Armentano. Se alguém na mesa quiser torcer para outro time, tudo bem. Só que vai ter de mudar o sobrenome."
O arquiteto conta que atualmente vê sua atitude como uma "loucura", mas está feliz porque o filho, hoje com 13 anos, se tornou um palmeirense tão ou mais fanático do que ele.
(SK)

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