São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Hill faz a pole e pensa em aposentadoria
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
A penúltima etapa da F-1 em 1996 acontece a partir das 10h (de Brasília), com transmissão da TV. O clima na Williams é péssimo e existe até mesmo a expectativa de que o campeonato acabe na primeira curva, revivendo os dramáticos campeonatos de 1989 e 90, quando Ayrton Senna e Alain Prost decidiram o título batendo. Obviamente, os personagens de hoje não têm o mesmo brilho. Mas fatores externos à disputa acirram a rivalidade doméstica da equipe Williams. Hill, agora, já considera a possibilidade de um afastamento da categoria. Cumprindo aviso prévio, suas chances mais concretas de continuar correndo se encontram na Jordan. Como se sabe, o time irlandês promete até crescer na próxima temporada, mas não a ponto de entregar um carro em condições de disputar primeiras filas. Uma transferência para a Benetton, no lugar de Jean Alesi, é tida como puramente especulativa, assim como para a McLaren, na vaga de David Coulthard. Assim, a alternativa de se afastar, mesmo que por uma só temporada, vem sendo considerada pelo inglês. Sobre o assunto, Hill brincou. "Se Bernie (Ecclestone) me pagar uma boa aposentadoria, eu paro", declarou, rindo. Hill pode fazer piada, mas para o marketing da F-1 seria mais interessante ver um campeão do mundo em casa do que sofrendo dentro de um carro com possibilidades limitadas. Para obter o título hoje, Hill precisa apenas chegar à frente de Villeneuve, sobre quem tem 13 pontos de vantagem. "Isso seria bom para mim e acho que ruim para o time", declarou, após fazer a pole no treino oficial de ontem, quando registrou 1min20s330. Ao seu lado, Villeneuve sorriu amarelo e lembrou que pode estender a briga para o Japão, última etapa do ano, se marcar quatro pontos a mais que o companheiro. Sobre os nove milésimos, o canadense reconheceu ser "frustrante" perder a pole por diferença tão pequena. Para Hill, o intervalo, bem inferior a uma piscada de olho, que leva 0s3, foi "assustador" -equivalente a uma distância de 75 cm, segundo a Renault. Coadjuvantes nessa briga, Jean Alesi e Michael Schumacher largam na segunda fila. Rubens Barrichello fez o nono tempo, ontem, com a marca de 1min22s205. Ricardo Rosset foi o 17º (1min24s230) e Pedro Paulo Diniz, o 18º (1min24s293). NA TV - Globo, ao vivo, às 10h Texto Anterior: Arquiteto assume paixão pelo clube e coleciona 'porquinhos' Próximo Texto: Barrichello sonha com Jordan Índice |
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