São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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"Uma Professora Muito Maluquinha" discute métodos de ensino nos anos 40
MÔNICA RODRIGUES COSTA
O espetáculo é fiel ao texto de Ziraldo, que monta um retrato histórico da escola renovada numa cidade do interior do Brasil. A professora é maluquinha porque coloca em discussão os métodos de aprendizado. Enfatiza os assuntos de interesse da criança deixando de lado a memorização. A professora estimula a leitura por meio do gibi em uma época -por volta dos anos 40- que as histórias em quadrinhos eram consideradas prejudiciais. Faz campeonatos em que todas as crianças são vencedoras. É contra a lição de casa e nunca põe os alunos de castigo. A escola transforma-se em fonte de prazer. Por causa dessas idéias, avançadas para a época, mas hoje lugares-comuns nas escolas bem-sucedidas, a diretora pede para professora e alunos pararem com "essa felicidade aí". O que talvez desperte um interesse maior nas crianças é a qualidade do trabalho dos atores e a construção da peça, narrada em flash-back por cinco alunos e a professora (Deborah Lobo) de forma divertida. A movimentação bem marcada das cenas, com breves inserções musicais, ajudam a agilizar o enredo. Peça: Uma Professora Muito Maluquinha Direção: Renata Soffredini Elenco: Geraldine Quaglia, Luiza Albuquerque, Eduardo Estrela, Daniel Ribeiro, Sílvio Giraldi e Deborah Lobo Onde: teatro Bibi Ferreira (av. Brigadeiro Luís Antônio, 931, tel. 605-3129) Quando: sábados e domingos, às 16h Quanto: R$ 12 Texto Anterior: Duo barroco toca Bach e Haendel hoje Próximo Texto: Pato Fu faz show de peso em SP para lançar "Tem Mas Acabou" Índice |
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