São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Duo barroco toca Bach e Haendel hoje
IRINEU FRANCO PERPETUO
O duo recebe ainda o reforço do violoncelista Alberto Kanji. Sobrinho de Ricardo, ele está encarregado do contínuo -aquela parte ininterrupta de baixo que serve como base para as harmonias da música barroca. Ricardo Kanji é o principal nome da flauta barroca no Brasil. Toca uma réplica de uma flauta doce Denner (Copenhague, 1720). O flautista voltou ao país no ano passado, após 25 anos de residência na Holanda -22 dos quais como professor do Conservatório de Haia, a meca da música antiga. "Achei que tinha muito a fazer com minha gente", afirma. Kanji busca patrocínio para fundar, no Masp, um Centro de Música Antiga, no qual seria formada, com músicos brasileiros, uma orquestra especializada em música de época. "No começo, os chefes de cada naipe viriam de minha orquestra na Holanda, a Concerto 91. Depois, espero atrair músicos brasileiros para a escola da música antiga, que é tão pouco difundida por aqui." Seu parceiro do recital de hoje, o cravista Cristiano Holtz, tem 24 anos e ficou em segundo lugar no Concurso Eldorado, em 95. Travou conhecimento com Kanji na Holanda, onde foi o último aluno aceito por ninguém menos que Gustav Leonhardt -um dos maiores cravistas de todos os tempos. A idéia dos Concertos Eldorado é prestigiar os vencedores do Concurso Eldorado. Por isto, o programa de hoje traz, além de sonatas para flauta doce de Haendel, Vivaldi e Corelli, peças para cravo solo de Bach, para que o público conheça melhor o talento de Cristiano Holtz. Concerto: Ricardo Kanji (flauta) e Cristiano Holtz (cravo) Quando: hoje, às 17h Onde: teatro Maksoud Plaza (al. Campinas, 150, tel. 253-4411, ramal 651) Quanto: R$ 20 (setor A); R$ 12 (setor B); e R$ 6 (estudantes) Texto Anterior: Vegetais perdem resistência Próximo Texto: "Uma Professora Muito Maluquinha" discute métodos de ensino nos anos 40 Índice |
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