São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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Rede Globo; Democracia frágil; Protesto; Resposta atrasada; Indenizações; Florestan

Rede Globo
"Parabéns à Folha pela coragem, ao assumir uma batalha em que muitos também se engajarão, de desmascarar esse mesquinho monopólio.
Não podemos ficar omissos assistindo a Globo dominar o país. Temos que nos unir e juntos lutar contra esse império manipulador."
Marcio Dias Junior (Guaxupé, MG)
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"Quero parabenizar a Folha pela sua manifestação em resposta à Rede Globo.
Concordo com todas as linhas e fico feliz em saber que ainda temos veículos de comunicação com a independência necessária para colocar a informação da população em primeiro lugar, sem corporativismo."
Eduardo O. Carvalho (Jaraguá do Sul, SC)
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"Parabenizo a Folha pela coragem, determinação e competência ao responder à ditadora Globo de Monopólio de Televisão.
Pensam, ainda, que estamos no período ditatorial, mas esquecem que temos no Brasil um grande jornal a serviço da sociedade brasileira: Folha de S.Paulo.
Cada vez mais a Folha luta pelos direitos da cidadania, fazendo-nos ver, ler, ouvir, entender e questionar os grandes problemas nacionais e as grandes farsas implantadas no país, a partir de um monopólio espúrio e manipulador de opiniões: Globo."
Gil Gavioli dos Santos (Rio de Janeiro, RJ)
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"Sobre o anúncio 'O que é bom para a Globo não convém ao Brasil' (20/9): concordo com tudo o que foi escrito e acho que já está na hora de a sociedade dar um basta no poder da Globo, pois como uma grande formadora de opinião ela sempre procura divulgar os fatos que lhe interessam e, quando esses fatos não existem, procura modificá-los.
Acho que é hora de a sociedade e das outras mídias idôneas tentarem colocar a Globo 'nos eixos'. Infelizmente, essa é uma tarefa muito difícil e não tenho a mínima idéia de como poderá ser executada."
Samuel Natali Junior (São Paulo, SP)
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"É bom saber que existe imprensa inteligente neste país.
Apóio totalmente a resposta dada à Globo. Que tal comprar espaço em outras emissoras para veicular a resposta?"
Roberto Solon (Fortaleza, CE)

Democracia frágil
"A semana de 8 a 14/9 foi pródiga! O mais trágico foi a demonstração da fragilidade da nossa democracia e o desrespeito à inteligência, ética e bom senso.
Refiro-me ao reconhecimento, por parte da União, das mortes de Lamarca e Marighella e o falecimento do general Geisel.
Senti-me na terrível década de 70 ao constatar que o 'Jornal da Tarde' tratou os dois combatentes como 'terroristas', coisa que nem mesmo a Globo, em seu 'Jornal Nacional', fez.
Quanto a Geisel, praticamente toda a imprensa reverenciou um dos ditadores dos 'anos de chumbo' como estadista.
O chamado 'homem na abertura' na verdade enfrentou o renascimento do movimento sindical, que a 'sua turma' havia amordaçado, e foi obrigado a ceder para sobreviver.
O resto é conversa mole."
Silvio de Sousa (São Paulo, SP)
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"Falta-nos o presidente Geisel, um homem de palavra como em geral os militares que bem defenderam o país do caos (cubanização).
No enterro mostrou-se a ausência do atual presidente da República.
Até no seu enterro o presidente Geisel ajuda o país a ver a triste realidade dos fracos homens atuais que hipocritamente prejudicam com dolo o meio rural, hoje sem representação digna.
Por esta o setor presta a justa homenagem a um homem que nos fará falta."
Joaquim Álvaro Pereira Leite Neto, secretário-executivo da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Cafeicultura (Itapuí, SP)
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"Lembro que, sob o governo de Ernesto Geisel, foram assassinados com requintes de crueldade, pelo Exército e demais órgãos de repressão, por motivos políticos, muitos brasileiros.
Chega de mistificação: o general Geisel foi tão brutal quanto Médici et caterva."
Pedro Estevam da Rocha Pomar (Ribeirão, Preto, SP)

Protesto
"Continuo aguardando a restituição, pelo INSS, do que me foi subtraído durante muitos anos, restituição essa determinada pela Justiça há mais de quatro anos.
Em sinal de protesto, deixarei de votar na próxima eleição, pois se o Estado não reconhece os meus direitos, não tenho deveres."
Luiz Galli (São Paulo, SP)

Resposta atrasada
"Em abril deste ano enviei à secretária da Educação do Rio, Mariléia da Cruz, um requerimento de informações para saber, oficialmente, a carência de professores nas escolas de 1º e 2º graus, quantos docentes estariam fora de suas funções, entre outras questões.
Já estamos em setembro e não obtive respostas. Resolvi cobrar publicamente as respostas porque o governo estadual incluiu o magistério no seu programa de demissões voluntárias como se sobrassem professores nas escolas."
Carlos Minc, deputado estadual pelo PT-RJ (Rio de Janeiro, RJ)

Indenizações
"Minha carta é um protesto contra a concessão de indenizações às famílias de ex-guerrilheiros e desertores que atentavam contra o governo.
A quantia de R$ 150 mil corresponde mais ou menos ao soldo de 125 tenentes, 90 capitães, 60 majores, 50 tenentes-coronéis e talvez 40 oficiais generais.
Faço minhas as palavras dos senhores Oswaldo Pereira Gomes e Nilo Cerqueira.
Saibam os senhores generais que há uma quantidade enorme de brasileiros que concordam com suas palavras."
Danilo da Mata Ribeiro (Taubaté, SP)
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"Fiquei feliz e emocionada quando li a reportagem sobre a decisão da Comissão de Desaparecidos que concedeu indenização aos familiares de Lamarca e Marighella.
Vendo os militares revoltados e irritados, chorei de alegria e pensei em dar uma festa para comemorar a vitória da democracia!"
Renata Santa Cruz Coelho (Rio de Janeiro, RJ)

Florestan
"A morte de Florestan Fernandes nos deixou atônitos. Os olhos que foram fechados na madrugada de 10 de agosto de 1995 não foram fechados definitivamente.
Sabiamente, Florestan já os havia 'emprestado' a muitos outros intelectuais e também aos 'desvalidos', aqueles que ele, carinhosa e comprometidamente, chamava de 'os de baixo'."
Sávio Assis de Oliveira (Recife, PE)

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