São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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CARTAS

* "Tenho um Gol 1.6 com 55.000 km rodados. Quando eu for trocar o óleo, quero experimentar um sintético com a especificação SAE 10W60. Soube que um motor que sempre trabalhou com óleo 20W40 passará a ter folgas internas com a troca. A informação é correta? Qual é o significado desses códigos?"
Luis Gustavo Corrêa (Juiz de Fora, MG)

Resposta
Segundo o engenheiro Cyro Antonio Gallão Filho, o óleo sintético não é recomendado para motores com mais de 50.000 km. O produto pode provocar excesso de limpeza e danificar componentes.
A SAE (Society of Automotive Engeneer) classifica os lubrificantes pelo grau de viscosidade, de acordo com a variação de temperatura. Existem os óleos de inverno e os de verão.
No primeiro, a viscosidade é medida em baixas temperaturas, com divisão em seis graus -0W, 5W, 10W, 15W, 20W e 25W. No segundo, a viscosidade é medida à temperatura de 100°C -nos graus 20, 30, 40, 50 e 60. Nos dois grupos, quanto maior o grau, mais viscoso é o óleo. A letra W significa "winter" (inverno, em inglês).

* "Comprei um Ford Mondeo CLX. Segundo informações obtidas em uma revenda, a instalação de rodas de liga leve não traria problemas ao carro. Decidi fazer a troca. Dois meses depois, os quatro parafusos que prendiam a roda dianteira direita quebraram. Precisei rebocar o carro.
A revenda que me vendeu o carro alegou que os danos não seriam cobertos pela garantia, já que para a substituição das rodas seria necessário o uso de porcas especiais. Tive de arcar com as despesas. Vou pleitear na Justiça o reembolso."
Nilson Berenchtein Júnior (Araçatuba, SP)

Resposta
A Ford não recomenda qualquer tipo de alteração em seus produtos originais.

* "Comprei um Gol GLi na concessionária Davox. Após um mês de uso, verifiquei que o encosto do banco estava descosturado. Na revisão dos 10.000 km, foram reparados todos os problemas do carro -menos o encosto. Contatei a concessionária diversas vezes e soube que não havia previsão de entrega do produto.
Optei por fazer a revisão dos 20.000 km na concessionária Bandeirantes, que me cobrou R$ 130 pelo conserto. Tentei falar com o serviço de atendimento ao cliente, mas não tive sucesso."
José Alexandre Alves Filho (São José dos Campos, SP)

Resposta
A Volkswagen entrou em contato com o cliente e o orientou a procurar o gerente de serviços da concessionária Bandeirantes, que iria providenciar a devolução da importância paga.

A Folha entrou em contato com o leitor, que confirmou o recebimento do valor.

* "Comprei um Corsa Super MPFi. O manual do proprietário diz que o tanque de combustível comporta 46 litros de gasolina. Abasteci o carro duas vezes, em postos diferentes. Na primeira, couberam 52 litros. Na segunda, 52,5 litros. Qual é a capacidade exata do tanque dessa versão?"
Luverci Faria de Moraes (Marília, SP)

Resposta
Segundo a General Motors, o tanque de combustível manufaturado não atinge, com precisão, a capacidade registrada no manual. A montadora informou que, com o abastecimento sendo feito até o "gargalo", o tanque recebe cerca de seis litros a mais.
Há uma nota no manual que não recomenda tal operação. Para evitar danos no reservatório de vapores, que coleta os gases provenientes do tanque, a GM recomenda que o abastecimento seja feito lentamente. O abastecimento deve ser interrompido após o primeiro desligamento automático da bomba.

* "Tenho uma Elba, ano 89. Recentemente, devido a uma batida traseira, levei o carro à revenda Meta e constatei que o valor do serviço de mão-de-obra era o triplo do verificado em uma outra oficina. Seria necessário trocar a porta traseira. A autorizada só vendia um kit. Como achei que seriam necessárias todas as peças, comprei o kit. Mas sobraram vários componentes. O pior é que tive de ficar com eles."
Paulo Vicente Barbosa da Rocha (Bauru, SP)

Resposta
Segundo a Fiat, a montadora entrou em contato com o cliente em 29 de agosto, que afirmou que a concessionária Meta comprou as peças que não foram utilizadas.

O leitor afirmou à Folha que o problema foi solucionado. Mas, segundo ele, isso aconteceu depois que o Procon foi contatado.

* "Comprei em julho uma perua Blazer. Estou tendo problemas para virar a direção. Acho que existe um erro de geometria, já que as rodas viram um pouco mais para o lado direito.
Procurei uma concessionária, mas nada foi resolvido. Segundo uma outra revenda, a reclamação é geral. Essa mesma revenda diz estar serrando uma peça do conjunto de direção, com autorização da própria montadora, para tentar melhorar o problema. Gostaria de saber se a General Motors está tomando alguma providência para solucionar o caso."
Benedito Aparecido Ribeiro (São Paulo, SP)

Resposta
Segundo a General Motors, a engenharia de serviços já forneceu instruções à concessionária para realizar os reparos.

* "Comprei um Gol CLi 1.8 em abril do ano passado. Com um mês de uso, o motor começou a falhar. Levei o carro diversas vezes à revenda União, mas o problema nunca foi solucionado. Segundo a concessionária, eu teria de levar o carro para a fábrica. Solicitei as ordens de serviços do carro, mas a revenda não quis me fornecer o documento."
Roberto Marcondes Andrade de Toledo (Piracicaba, SP)

Resposta
A Volkswagen informou que contatou o leitor e o orientou a apresentar seu carro ao gerente de serviços da concessionária Vepira, que vai providenciar o conserto.

Segundo o Procon, a concessionária tem obrigação de fornecer documento especificando os serviços realizados no veículo.

* "Gostaria de saber se o Omega sairá de linha."
Sebastião Ferreira Sobrinho

Resposta
Segundo a General Motors, o Omega não deve sair de linha. A montadora estuda a importação, para 97, da versão que foi reestilizada na Alemanha em 94, com motor V6 de 3.000 cc.

Cartas devem ser enviadas à Folha (Redação - Veículos), al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, CEP 01202-900, Campos Elíseos, São Paulo, SP, ou para o e-mail veiculos@uol.com.br. Coloque nome completo, endereço e telefone para verificarmos se o problema foi resolvido. As cartas só serão respondidas nesta seção.

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