São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996
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Improvisações dividem rivais paulistas

ALEXANDRE GIMENEZ; ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto o São Paulo decidiu abandonar a idéia de improvisar jogadores fora de suas posições, o Palmeiras terá que usar desse expediente para formar sua defesa no clássico de hoje.
Toda a zaga titular da equipe (Cafu, Cléber, Sandro e Júnior) está suspensa.
Assim, o técnico Wanderley Luxemburgo decidiu improvisar 50% do setor: Wágner -lateral-esquerdo- jogará como zagueiro, e Elivélton -meia- entrará em campo para atuar na lateral esquerda.
Nos outras duas vagas da defesa, entram o zagueiro Cláudio, recuperado de uma contusão muscular, e o lateral-direito Gustavo.
"Fiquei 28 dias parado. Lógico que devo sentir um pouco a falta de ritmo, mas não desaprendi a jogar futebol", disse Cláudio.
Para Wágner, a partida desta noite contra o São Paulo é a mais importante da sua vida.
"É no clássico que o jogador tem mais chance de aparecer. Se for mal, fica marcado por toda carreira", declarou.
Wágner considera que a conversa entre os jogadores será fundamental para se evitar problemas de entrosamento.
Simplificação Ao contrário do treinador palmeirense, Carlos Alberto Parreira, do São Paulo, decidiu, justamente, abandonar as improvisações.
Ele barrou o lateral André, que estava atuando no meio-campo.
"Isso, em princípio, não deve mais acontecer. O André disputará uma vaga com o Serginho, na sua verdadeira posição", disse.
Assim, o volante Edmílson volta a ganhar uma oportunidade na equipe titular.
O atacante Muller aprovou a modificação. "Quando você improvisa, a margem de erro é maior", justificou.
A única improvisação são-paulina será na lateral direita, onde Belletti deve ser "oficializado" como titular da posição no lugar de Cláudio.
"Não considero uma improvisação. Quando cheguei ao São Paulo, há três meses, o Belletti já jogava na lateral direita", afirmou Parreira.
Segundo Muller, o time do São Paulo ainda não engrenou no campeonato por não ter "um camisa 2 e um camisa 10 no elenco".
"Falta um lateral autêntico e um meia que faça a ligação direta com o ataque."
Preocupações Muller é a grande preocupação dos jogadores e comissão técnica do Palmeiras. O jogador atuou no time durante o primeiro semestre deste ano.
"Se eu fosse técnico da seleção brasileira, com certeza convocaria o Muller", disse o técnico Wanderley Luxemburgo.
"Espero que ele não jogue do mesmo jeito que jogou aqui. Se jogar, fica difícil", disse o volante Flávio Conceição.
No São Paulo, o alvo das atenções é o meia-atacante Djalminha.
"Se deixarmos o Djalminha solto, ele fatalmente irá desequilibrar o jogo. Só não faremos marcação individual sobre ele", afirmou Parreira.
O treinador prefere "ignorar" os desfalques na defesa palmeirense. "Acho que teremos as mesmas dificuldades. O Palmeiras tem bons substitutos e é uma grande equipe", disse.
(ALEXANDRE GIMENEZ e ARNALDO RIBEIRO)

NA TV - Globo e Bandeirantes, ao vivo, às 19h

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