São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996
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BH apresenta vendas fracas

ANA LÚCIA ARAÚJO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O setor de empreendimentos comerciais em Belo Horizonte (MG) tem apresentado baixa velocidade de vendas nos últimos meses.
Em julho, segundo dados do Sinduscon-MG (Sindicato da Indústria da Construção Civil), o melhor índice, 7,23%, foi o das salas comerciais. No setor de lojas, foram negociadas somente 4,44% das unidades ofertadas.
Em agosto o volume de negócios continuou caindo. As salas tiveram velocidade de venda de 3,88%, e as lojas, de 1,84%.
Para Paulo Roberto Henrique, presidente do Sinduscon-MG, o pequeno número de vendas se deve, principalmente, ao fraco investimento das empresas no setor.
Localização
Em Belo Horizonte, dois bairros são responsáveis por quase toda a venda de imóveis comerciais.
O bairro Belvedere, de alto padrão, comporta 27% das lojas na cidade. Já o Barroca abriga 20% das unidades comerciais.
Henrique ressalta também que, além dos dois bairros, os centros comerciais e as áreas próximas a hospitais apresentam os melhores índices de vendas.
Marcelo Martins, diretor de marketing da construtora Patrimar, diz que o ponto em que o empreendimento está localizado é o grande chamariz para aumentar a velocidade de vendas.
Martins não é otimista sobre a situação atual. Para ele, há um excesso de oferta. "O mercado está saturado e deve demorar de dois a três anos para que todas as unidades oferecidas sejam absorvidas."
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, as boas localizações para investimentos comerciais são escassas.
Claudio Fortes, diretor-presidente construtora João Fortes, diz que os lançamentos do mercado imobiliário da cidade está concentrado na Barra da Tijuca.
Ele explica que o setor depende hoje exclusivamente de áreas novas, com ruas onde foram formados centros de comércio espontâneo, como na Barra da Tijuca.
"Os tradicionais bairros de Copacabana e Ipanema não têm mais espaço para comércio", diz.
Mesmo assim, Fortes acredita na existência de um público consumidor ativo, que proporciona uma velocidade de vendas alta.
Já Peter Roloff, diretor administrativo da Alberto Rodrigues Imóveis Comerciais, afirma que o mercado carioca tem demanda pequena para imóveis com até 250 m².

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