São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996 |
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Neurociência vive "explosão"
TOMASO POGGIO
Nessas duas áreas da ciência e da engenharia (e, atualmente, o limite entre ciência e engenharia está se tornando mais nublado) vemos um progresso explosivo. Entretanto, em ambas as áreas, estamos somente no começo. O maior problema da ciência hoje -maior do que o da origem do Universo ou da origem da vida- é a natureza da mente e da inteligência. Esse problema e seus subproblemas nos deixarão ocupados por muitas décadas. E nós os resolveremos? Sem dúvida, isso depende de o que entendemos como solução. Mas é possível que solucionemos vários deles. Um exemplo: não sabemos ainda como o cérebro de uma mosca funciona -embora saibamos muito mais do que há 20 anos. Não sabemos também por que dormimos. Estou profundamente envolvido no estudo do aprendizado, seu papel no funcionamento do cérebro e como fazer máquinas que aprendam. Demos muitos passos importantes. Com outros grupos, obtivemos sucesso ao ensinar computadores a reconhecer faces. Encontramos neurônios no córtex que aprendem a reconhecer objetos específicos e desenvolvemos modelos para explicar como eles o fazem. Estamos num estágio onde tudo o que descobrimos revela maiores e mais profundos problemas. A física pode estar estacionada (embora não acredite nisto), mas, certamente, a neurociência, a matemática e a computação não estão. Texto Anterior: Vida extraterrestre é mistério Próximo Texto: Grande descoberta é imprevisível Índice |
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