São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996
Próximo Texto | Índice

Renault lança "irmãos" do Mégane

LUCIANO SOMENZARI
ENVIADO ESPECIAL À FRANÇA

A Renault apresentou na França mais dois membros da família Mégane: o sedã Classic e o monovolume Scénic. Ambos começam a ser vendidos na Europa no próximo mês.
A direção da Renault informou que as novas versões não serão fabricadas no Brasil.
A marca deverá importá-las, mas ainda não definiu a data da chegada desses carros ao país.
Apenas a primeira versão do Mégane, que foi lançada na França no ano passado em substituição ao Renault 19, será produzida no Brasil a partir de 99, na fábrica que a montadora está construindo em São José dos Pinhais (PR).
A Folha avaliou o Classic e o Scénic, ambos com motor de 2.000 centímetros cúbicos e 115 cavalos, nas estradas próximas a Chantilly, a cerca de 60 km de Paris.
As versões são de tamanhos considerados médios para os padrões europeus e brasileiros. O Scénic mede 4,1 metros e o Classic, 4,4 metros -mesmo tamanho de um Chevrolet Vectra, por exemplo.
Conforto e espaço interno são os seus grandes apelos, perfeitamente identificáveis no primeiro momento em que motorista e passageiros se ajustam nos bancos.
Sem concorrentes
Para a concepção do monovolume Scénic, a Renault partiu dos mesmos conceitos usados no Twingo. Entre eles, máximo aproveitamento de espaço interno com modificações de configuração dos assentos.
Além de os bancos correrem sobre uma espécie de trilho, podem ser rebatíveis (dobrados) e removíveis. Sob o assoalho, há compartimentos para bagagens de mão.
O curioso é que se trata de uma van com espaço para cinco passageiros. Os monovolumes tradicionais são para sete, com exceção do Twingo. Não existe em nenhum país, atualmente, veículos com essa configuração.
Nas versões vendidas na Europa haverá um equipamento que transmite informações de tráfico em tempo real, via satélite (leia texto abaixo).
Com tantas inovações, alguns detalhes talvez tenham passado desapercebidos no projeto.
Os encostos de cabeça são um deles. Dão mais conforto aos passageiros, mas prejudicam a visibilidade traseira do motorista.
O câmbio é outro. Tanto no Scénic quanto no Classic, transmite a sensação de falta de precisão nas mudanças de marcha. Os engates poderiam ser mais justos.
A dirigibilidade também é diferente entre as versões. Se na van ela é boa, no sedã é excelente.
Na França, o Classic RXT vai custar cerca de US$ 26 mil, enquanto o Scénic RXT, US$ 27 mil.

O repórter Luciano Somenzari viajou à França a convite da Renault

LEIA MAIS sobre Renault à pág. 7-12

Próximo Texto: Montadoras e importadoras apostam nos esportivos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.