São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 1996
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SP quer cortar verba de ensino técnico

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo do Estado de São Paulo quer cortar em 40% as despesas atuais com o ensino técnico de São Paulo -hoje com 81 mil alunos, distribuídos em oito Faculdades de Tecnologia (Fatecs), 64 escolas técnicas industriais e 35 agrícolas, que dão formação de 2º grau.
Segundo o secretário-adjunto de Ciência e Tecnologia do Estado, Mohamed Zeyn, os cortes serão principalmente na estrutura administrativa do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (Ceeteps) -nome da rede de ensino técnico paulista.
"A estrutura atual é muito pesada. A gente acha que o Cen e.
Mas também estão ameaçados alguns cursos "com número reduzido de alunos, alta evasão ou sem relação com a demanda de mercado".
"Precisamos fazer um aproveitamento mais adequado dos bons equipamentos que essa rede tem. A Fatec de São Paulo, por exemplo, está com 50% de ociosidade. Poderíamos atender o triplo de alunos", afirma Zeyn.
Com a evasão escolar em alguns cursos, o custo por aluno formado em três anos chega a R$ 16 mil.
A idéia é implantar na rede cursos modulares -ou seja, de curta duração, voltados para uma formação muito específica.
Os cursos atuais, mais generalistas e extensos, seriam mantidos, mas a ênfase seria nos modulares.
"O aluno trabalhador não precisa estudar três anos para se formar. A questão não é fechar escola nenhuma, mas democratizar a capacidade de atendimento", afirma o recém-empossado superintendente do Ceeteps, Marcos Antonio Monteiro.

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