São Paulo, quinta-feira, 2 de janeiro de 1997 |
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Fator reeleição pode afetar investimentos
MILTON GAMEZ
Combatida pelas Bolsas de Valores, a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) deve entrar em vigor a partir do dia 23 de janeiro. Embora seja criticada pela maioria dos entrevistados, nenhum deles acha que a CPMF ameaça a trajetória de queda da inflação. Os índices de preços do varejo (os IPCs) devem ficar abaixo de um dígito, algo em torno de 6% a 9% ao ano, na pior das hipóteses. No atacado, a inflação anual deverá ficar em 4,2%, em média. "O impacto da CPMF é indecente, mas não afetará a queda da inflação", diz Joel Korn, presidente do Multibanco, subsidiária do BankAmerica, banco norte-americano. Essa certeza tem por trás a premissa de que o câmbio, principal âncora do Plano Real, continuará fortalecido. O dólar fechará 97 cotado a R$ 1,09 a R$ 1,15, prevêem os entrevistados. Contas públicas Não se vislumbram evoluções expressivas no controle das contas públicas federais. O governo continuará convivendo com déficit, gastando mais do que arrecada. O déficit operacional do setor público, que para 96 deve ter somado algo em torno de 4,2% do PIB, cairá para 3,92%, em média, segundo a enquete realizada pela Folha. Esse número vai depender do comportamento dos juros e do resultado das privatizações. Estas devem render aos cofres do Tesouro a cifra de US$ 10 bilhões em 97, US$ 6 bilhões a mais do que em 96, segundo expectativas do governo. Para os empresários, economistas e banqueiros, além da Vale devem ser privatizadas as empresas de energia elétrica, o setor de telefonia celular e, quiçá, os bancos estaduais. (MG) Texto Anterior: PIB deve crescer em torno de 3,8% no ano Índice |
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