São Paulo, quinta-feira, 2 de janeiro de 1997
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Bingo

CARLOS SARLI

Os bandeirantes brasileiros no circuito mundial de surfe profissional saíram de cena.
Desde 1988, o paraibano Fábio Gouveia, 27, então campeão mundial amador, e o catarinense Flávio "Teco" Padaratz, 25, vinham acompanhando o Tour.
Com o incentivo financeiro e moral da Hang Loose, que realizava na época a única etapa do mundial no Brasil e apostou mais fichas na estratégia de internacionalizar seu marketing, os dois caíram no mundo.
A pouca experiência no exterior, o fraco inglês de um e o "paraibês" do outro, tornou a aposta arriscada. O circuito da ASP ainda era disputado nos moldes que privilegiava os "top sixteen". Os "back fourteen" com dois convidados formavam o segundo grupo de pré-classificados. Depois a rapa, com os 16 sobreviventes das triagens.
O modelo funcionou até 91, quando os dois já estavam integrados ao esquema. Fabinho, que em 90 venceu pela primeira vez uma etapa do Tour, ratificou a ascensão vencendo na França e no Havaí em 91, para, em 92, acabar em quinto no ranking mundial, melhor posição ocupada por um brasileiro.
Teco foi preparado desde as primeiras subidas na prancha para disputar o título mundial. Porte atlético, semelhança com os anglo-saxões que dominavam o circuito, logo passou a integrar a comissão dos surfistas na ASP. Venceu etapas no Brasil e na França e chegou a ser eleito o surfista mais bonito do mundial. Tudo devidamente capitalizado pela Hang Loose.
Casados e com filhos, eles são jovens e experientes o bastante para voltar à elite mundial. Mas, no momento, pensam em viajar e descansar das competições. Junto com os dois, tradicionais nomes como Gary Elkerton, Todd Holland, Simon Law deixam o circuito. Na mão contrária, volta o australiano Mark Occhilupo, que há dez anos dividia as atenções com os aposentados Tom Curren e Tom Carrol.

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