São Paulo, quinta-feira, 2 de janeiro de 1997 |
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Comportado, Tergat dança pela vitória Atleta é bi na São Silvestre FÁBIO VICTOR
A convite da empresa que os patrocina, Tergat, o mexicano German Silva e mais alguns atletas passaram as primeiras horas de 97 na cervejaria e boate Dado Bier, na Vila Olímpia (zona oeste de São Paulo). Antes, participaram de uma competição de arco e flecha no hotel Brasilton, onde estavam hospedados. "Apesar de ter sido a minha primeira vez na modalidade, ainda consegui acertar uma flecha no ponto máximo e ganhar do German Silva", brincou. Diferente do compatriota Simon Chemoiywo, bicampeão da prova (92 e 93), que começou a namorar uma brasileira durante a festa da vitória de 93, Tergat negou qualquer conquista amorosa. "Nem sequer procurei. Sou casado." Regrado e abstêmio declarado, o queniano passou a noite tomando suco, permitindo-se apenas alguns goles de champanhe à meia-noite. Em compensação, dançou bastante. Silva, um dos seus companheiros mais próximos, ficou surpreso com a performance de Tergat. "Nunca havia visto o Paul dançar antes. Ele foi reconhecido e assediado durante toda a noite", disse o corredor mexicano. Segundo o tenista Cássio Mota, um dos sócios da casa, Tergat comeu em demasia- principalmente ravióli e camarão. "Ele parecia com muita fome", contou Mota. O bicampeão saiu da boate às 4h, ainda em tempo de aproveitar a festa dos atletas que haviam ficado no hotel. Foi dormir às 5h. Ontem, às 9h, porém, já estava novamente em atividade. Foi correr 7 km no Parque do Ibirapuera. Às 13h30, recebeu a premiação pelo primeiro lugar. Às 16h, embarcou para Milão, onde mora parte do ano. Ex-jogador de basquete e sargento da Força Aérea do Quênia, Tergat ganhou maior projeção com a conquista da medalha de prata nos 10 mil m em Atlanta. Kimani Segundo colocado na São Silvestre, o também queniano Joseph Kimani, recordista mundial dos 10 mil m em rua (27min04), considerou a prova dura. "Com o clima eu já estou acostumado, mas o percurso é muito difícil." Kimani, que liderou boa parte da prova com Paul Tergat em seu encalço, disse que perdeu a corrida a 1 km da chegada. "Ele aumentou muito o ritmo". Esquivando-se de responder se a dobradinha queniana confirma a superioridade daquele país em provas de fundo, limitou-se a creditar o bom desempenho africano ao "treinamento diferenciado". Texto Anterior: Time brasileiro estréia na categoria carros Próximo Texto: Campeão vê dificuldades Índice |
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