São Paulo, quinta-feira, 2 de janeiro de 1997
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A felicidade mora em Goiás

CLÓVIS ROSSI

São Paulo - O grande sucesso de 1996 em matéria de administração pública parece ter sido o PT de Porto Alegre. Pois a bateria de pesquisas publicadas por esta Folha entre domingo e terça-feira sugere que deveriam se debruçar sobre Goiás os sociólogos, estudiosos de administração e pauteiros ávidos por assuntos, na habitualmente pobre safra de fim de um ano, começo de outro.
É lá que o governador (Maguito Vilela, do PMDB) obtém a melhor nota entre todos os governadores. É lá, também, que o presidente Fernando Henrique Cardoso obtém o mais alto índice de ótimo/bom (61%), 14 pontos acima de sua média nacional (47%).
É ainda em Goiás (junto com Mato Grosso do Sul) que aparece o maior número de pessoas favoráveis à reeleição já para FHC, sinal de satisfação com o governante de turno. São os goianos os mais favoráveis, igualmente, à reeleição dos atuais governadores.
Ocorreria em Goiás a maior votação para FHC (48%), se a eleição presidencial tivesse sido realizada em dezembro passado (a média nacional do presidente é de apenas 35%).
Por fim, o até anteontem prefeito de Goiânia (Darci Accorsi, do PT), embora fosse o 5º colocado entre os 11 prefeitos avaliados, obtinha notáveis 64% de ótimo/bom e era considerado ruim/péssimo por apenas 4% dos eleitores.
Tudo somado, só se pode concluir que os goianos estão em estado de graça com seus governantes, nos três planos, o federal, o estadual e o municipal (ao menos no caso da capital, a única cidade do Estado em que se fez a pesquisa).
Não tenho a mais remota idéia das razões para esse fenômeno. Goiás quase não é notícia, na chamada grande imprensa brasileira, para o bem ou para o mal. Mas merece, agora, que alguém verifique o que está acontecendo.

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