São Paulo, segunda-feira, 6 de janeiro de 1997
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Privatização já rendeu R$ 1,5 bi

DA SUCURSAL DO RIO

Com as cinco malhas ferroviárias que pertenciam à RFFSA já privatizadas, o governo faturou R$ 1,5 bilhão. Desse total, R$ 432 milhões foram pagos à vista, e R$ 1,07 bilhão serão pagos trimestralmente, ao longo dos 30 anos de validade das concessões.
O melhor resultado foi o obtido com a privatização da Malha Sudeste, que interliga o trecho Rio-São Paulo-Minas Gerais.
Ela rendeu R$ 888,9 milhões, sendo que R$ 266,67 milhões foram pagos à vista.
O trecho foi comprado pelo preço mínimo por um consórcio integrado, entre outras empresas, pela MBR (Minerações Brasileiras Reunidas), a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a Usiminas.
Outras regiões
A Malha Centro-Leste (Rio-Minas Gerais-Goiás-Brasília-Bahia-Sergipe) foi vendida por R$ 316,9 milhões (R$ 63,38 milhões à vista) para um consórcio integrado, entre outras empresas, pela Vale do Rio Doce, a CSN e a operadora norte-americana RailTex.
Já a privatização da Malha Sul (Paraná-Santa Catarina-Rio Grande do Sul) obteve o maior ágio sobre o preço mínimo (37,09%) e o terceiro maior preço.
A Malha Sul foi vendida no dia 13 de dezembro por R$ 216,6 milhões (R$ 90,2 milhões à vista) para um consórcio liderado pelo banco Garantia e que conta também com a participação da RailTex.
A Malha Oeste (Bauru-Corumbá) ficou para um consórcio estrangeiro liderado pelo Noel Group (EUA), por R$ 63,36 milhões (R$ 8,18 milhões à vista).
O Noel Group, uma espécie de fundo de investimentos, está em processo de liquidação nos Estados Unidos, mas sua direção se comprometeu com o governo brasileiro que isso não afetará a Ferroviária Novoeste, nome da empresa que opera a Malha Oeste.
Por fim, a Malha Teresa Cristina (Santa Catarina) foi vendida por R$ 18,51 milhões (R$ 3,55 milhões à vista) para um consórcio integrado, entre outras, pelas empresas MPE (Montagens e Projetos Especiais) e Interférrea.

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