São Paulo, segunda-feira, 6 de janeiro de 1997
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Dívida da RFFSA é de R$ 3,77 bi

DA SUCURSAL DO RIO

A RFFSA pretende vender, em 97, entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões do seu patrimônio não-operacional, avaliado em R$ 4 bilhões. Ele é formado, principalmente, por terrenos em pontos valorizados de centros urbanos.
Segundo o presidente da empresa, Isaac Popoutchi, em no máximo três anos esse patrimônio deverá ser todo vendido. Sua destinação será o pagamento da dívida de R$ 3,77 bilhões que a empresa acumulou nos últimos dez anos.
A rede é devedora, principalmente, de impostos e tributos. Popoutchi diz que, como a União não tinha recursos para cobrir seus constantes déficits após o saneamento feito em 86, a empresa passou a se financiar "de maneira perversa", não pagando impostos.
O maior credor é o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), com R$ 994 milhões. A empresa deve também R$ 302 milhões de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e R$ 115 milhões ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
À Refer, o fundo de aposentadoria dos seus empregados, a RFFSA deve R$ 408 milhões. A rede tem também R$ 400 milhões de dívidas decorrentes de ações judiciais. O restante do débito (R$ 1,6 bilhão) é com a União e credores menores.
Popoutchi acha que a rede pode ser o embrião da agência que será criada para controlar as concessões do setor ferroviário. Essa agência deve seguir os moldes das que estão sendo criadas para os setores de energia elétrica e petróleo.

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