São Paulo, segunda-feira, 6 de janeiro de 1997
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Bolívia nega que vá liberar presos

IGOR GIELOW
DO ENVIADO ESPECIAL

O governo boliviano afirmou ontem que não irá soltar nenhum dos supostos membros do Tupac Amaru sob sua custódia em troca da liberdade de seu embaixador em Lima -o último, ao lado do embaixador japonês, ainda refém dos rebeldes.
A afirmação foi feita em Lima pelo chanceler boliviano, Antonio Anaribar. Ele veio à capital peruana para demonstrar o apoio de seu governo ao Peru.
Há nas cadeias bolivianas cerca de 20 prisioneiros acusados de pertencer ao MRTA.
O governo peruano temia que ocorresse um episódio diplomático semelhante ao de 24 de dezembro, que envolveu o Uruguai.
Naquele dia, o governo uruguaio soltou dois presos ligados ao MRTA cuja extradição era pedida pela Bolívia. Seu embaixador foi solto logo depois.
Cruz Vermelha
O porta-voz da Cruz Vermelha no Peru, Ronald Bigler, afirmou que não permitirá que um representante do governo peruano tome parte das comitivas que visitam os reféns regularmente na casa do embaixador japonês.
Segundo Bigler, o pedido foi feito, mas a praxe da Cruz Vermelha veta a colaboração com governos em crises semelhantes.
No sábado, a Cruz Vermelha havia feito uma visita secreta ao presídio de Chonchocoro, na Bolívia. Uma comissão visitou 13 detentos acusados de subversão, entre eles 3 ligados ao MRTA.
(IG)

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