São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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Nomeações

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

O termo "nomeação" foi usado pela primeira vez, no contexto eleitoral recente, por Duda Mendonça. Descrevia uma candidatura Paulo Maluf ao governo paulista, depois das vitórias em São Paulo, Campinas e Santos.
Seria uma "nomeação", tal a facilidade. Para presidente da República é que seria, propriamente, eleição.
Pois a palavra ecoou ontem, na boca do próprio Maluf, em referência bem diversa. Ele deixava o hospital e falava da emenda da reeleição. Defendia, mas para os próximos.
- Não a nomeação de um presidente já existente, mas a disputa eleitoral...
Paulo Maluf sabe, como todos, que FHC, aprovada a emenda, está "nomeado". Como, aliás, indica a extemporânea pesquisa apresentada ontem na televisão.
(É sempre bom lembrar, porém, que os mesmos FHC e Maluf imaginavam-se nomeados antes de cair, em 1985 e 88, respectivamente.)
*
Mário Covas não está em esforço meramente publicitário, aparente, de mudança de seu personagem político.
Além da campanha publicitária, que busca ligar o governador a um "bandeirantismo" que se pensava esquecido, mas que volta até com a bandeira, ele está sempre a dizer que não é estatista, não é corporativista.
Pelo que registrou a Globo, não mesmo. Para o orgulho "bandeirante", o governador fechou os seus dois primeiros anos de mandato com cem mil demitidos. Só nas secretarias, mais de 45 mil.
Um certificado neoliberal, para um sonho de reeleição, também dele.
*
- Os ambulantes assaltaram São Paulo...
Nem Nicéa, nem Celso Pitta. Quando é para falar grosso, como ontem na Globo, é Reynaldo de Barros o prefeito de São Paulo.

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