São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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Exames são considerados bem elaboradas

AUGUSTO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

As provas de biologia e de geografia foram consideradas muito bem elaboradas pelos professores do curso Objetivo.
O coordenador Clézio Morandini diz que as questões de biologia estavam criativas e originais.
"O nível da prova foi de médio para difícil. Não havia questão de graça, considerada fácil."
Ele ressalta que as questões mais difíceis foram as duas de botânica. "Eram trabalhosas, exigiam textos muito grandes, o aluno tinha de fazer quase uma dissertação."
Uma delas abordava a parte químico da fotossíntese. A outra relacionava óvulos, ovários, frutos e sementes e pedia para o candidato compará-los quanto à estrutura, evolução e função.
Segundo Clézio, houve uma predominância de questões sobre genética e evolução (cinco). As outras versavam sobre botânica (duas), biologia animal (duas) e citologia (uma).
Ele lamenta a exclusão de ecologia da prova. "É um assunto muito atual, de preocupação mundial. Eu acho uma falha."
Para o exame de geografia, a coordenadora Vera Lúcia Antunes só tem elogios. "A Fuvest está de parabéns", diz entusiasmada. "A parte gráfica está perfeita. Melhorou bastante em relação à 1ª fase."
Ela acha que os alunos devem ter tido dificuldade para localizar as cidades no mapa da questão 10.
"O desenho está perfeito, mas eles não estão familiarizados com o mapa da região metropolitana do Rio de Janeiro e de São Paulo."
Ela ressalta que a localização era pedida apenas no item B da questão. Os vestibulandos ainda podiam acertar o A e o C.
"A prova não foi difícil, mas muito trabalhosa. Exigia respostas longas", analisa.
A professora considerou muito boa a questão 2, que associa clima com vegetação. "É bem clássica."
Vera afirma ainda que não houve questões de atualidade, mas considera isso comum na disciplina de geografia. "Os examinadores costumam pegar assuntos atuais apenas como gancho."
Como exemplo, ela cita a questão dos conflitos entre Israel e os palestinos. O tema foi bastante abordado nos meios de comunicação, mas a questão estava voltada para acontecimentos passados.

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