São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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Exportações ultrapassam R$ 47 bi em 96

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo anunciou ontem que o país exportou US$ 47,746 bilhões em 1996. Embora a cifra seja 2,67% maior que a registrada no ano retrasado, ela indica que o déficit na balança comercial será de cerca de US$ 5 bilhões.
Em dezembro, as exportações somaram US$ 3,789 bilhões -resultado 2,22% menor que o de novembro.
Também foi verificado a menor média diária de embarques, de US$ 289,5 milhões, desde março de 1996.
Os números foram apresentados por Maurício Cortes, secretário de Comércio Exterior do MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo).
Cortes afirmou que embora as exportações do último ano tenham sido maiores que as de 1995, considerado ano recorde, ainda ficaram abaixo do crescimento estimado das vendas mundiais, que foi de 5,6% de acordo com estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Farra
O ministro Francisco Dornelles (Indústria, Comércio e Turismo) afirmou ontem que o país não deverá tomar nenhuma medida restritiva, como o aumento das tarifas para produtos estrangeiros, para conter as importações.
"Se hoje dizem que há farra de importação, ela vai continuar", afirmou Dornelles.
"Só vamos adotar medidas restritivas no caso de práticas desleais de comércio."
Embora tenha se esquivado de apresentar números, o secretário Maurício Cortes previu aumento das exportações em 1997.
"As exportações seguramente aumentarão, sobretudo com a retomada das vendas sazonais de produtos agrícolas, agora desonerados do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)", declarou.
Investimentos
Três fatores positivos devem empurrar as vendas externas. Um deles foi a entrada de US$ 9 bilhões em investimentos diretos em 1996 -cifra maior que os US$ 8 bilhões anunciados anteriormente pelo governo.
O outro são as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos), destinadas à modernização de parques industriais, que cresceram 12,6% de janeiro a novembro de 1996.
Há ainda a estimativa da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de que seus 24 membros tenham taxa de crescimento médio de suas economias de 2,5% em 1997.
"Esperamos aumento da demanda internacional".

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