São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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Reeleição dá fôlego para alta na Bovespa

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ontem a Bovespa não quis saber da globalização. Enquanto os principais mercados do mundo caíam -puxados pelo de Nova York-, o paulista subiu 1,9%, acumulando em dois dias alta de 4,3%.
O principal combustível para os investidores veio de Brasília. O mercado começa a dar como certa a aprovação no Congresso da emenda da reeleição.
Como disse um dos operadores "parece que alguém lá em Brasília já contou os votos suficientes para aprovar a emenda".
Com esse ponto resolvido, avalia o mercado, o governo terá maior facilidade para dar continuidade às reformas constitucionais.
Julius Buchenrode, diretor da corretora Unibanco, concorda com a avaliação. Para ele, há sinais de que o Congresso aprovará a reeleição "o mais rápido possível".
Buchenrode enxerga ainda uma segunda razão para o aquecimento do mercado. "Janeiro é o mês em que os administradores reavaliam suas carteiras e recompõem seus portfólios."
Ele aponta ainda um terceiro fator. "Segundo analistas internacionais, este ano não será tão bom para Wall Street quanto o ano passado. Com isso, os emergentes podem sair beneficiados."
Além desses fatores, há a perspectiva da continuidade das privatizações, o que tem influenciado especialmente o comportamento das ações das empresas do setor de energia elétrica.
Ontem essas ações subiram em média 3,6%, segundo o IEE (Índice de Energia Elétrica), que acompanha as empresas do setor. Desde o início do ano, o IEE subiu 6,5%.
Com isso, a Bolsa de São Paulo teve excelente volume no dia, movimentando R$ 752 milhões.
Nova York
A Bolsa de Nova York começou o dia ontem com forte baixa em seus principais papéis, depois de haver fechado com alta no dia anterior.
O Dow Jones, índice que acompanha as principais ações, chegou a cair mais de 50 pontos, na primeira metade do pregão. No fechamento, a Bolsa se recuperou, fechando com alta de 0,5%.
Parte da recuperação foi creditada à informação do Departamento de Comércio dos EUA de que os pedidos à indústria caíram 0,4% em novembro -a primeira queda em três meses.

Com agências internacionais

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