São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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Corretores atacam CPMF

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) temperou o almoço do novo presidente da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) com a imprensa.
Manoel Félix Cintra Neto defendeu a isenção dos investimentos estrangeiros nas Bolsas de valores brasileiras, pleito sob análise da equipe econômica federal.
"Os investidores estrangeiros já pagam impostos em seus países de origem. Por isso, não são taxados quando investem nas Bolsas internacionais. A CPMF desviará para Nova York negócios que poderiam ser feitos aqui no Brasil", afirmou Cintra Neto.
Outros participantes do mercado, como Fernando Carramaschi, sócio da Hedging-Griffo) e Ney Castro Alves, presidente da Adeval (associação das distribuidoras de valores), "comemoravam" discretamente a possível vitória do lobby junto ao governo.
Para eles, a alta das Bolsas nesta semana -em São Paulo, o Ibovespa subiu 4,3% até ontem- seria sinal de que o mercado já conta com uma decisão favorável.
"As Bolsas devem estar antecipando a isenção da CPMF, cuja cobrança seria uma besteira", disse Castro Alves.
Na BM&F, as operações só serão tributadas no fechamento das posições, se houver perda para o investidor.
(MG)

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