São Paulo, quinta-feira, 9 de janeiro de 1997 |
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Hoje alunos fazem prova de matemática
AUGUSTO PINHEIRO
Mariana Martins Ruzante, 18, que tenta arquitetura, se dizia calma. "Acho que a prova vai ser difícil, mas não estou nervosa." Antes de sair de casa, como fez nos outros dias de exame, acendeu uma vela para o anjo da guarda. "Não sou muito religiosa, mas, quando a coisa aperta, eu apelo." Lucas Buitoni, 19, que também presta arquitetura, exibia sua careca. "Já passei na PUC-SP, para publicidade, mas quero mesmo arquitetura", comenta. Ele conta que a sua irmã foi aprovada em primeiro lugar para arquitetura na USP e que hoje cursa o quarto ano. "Em casa não há pressão para que eu iguale o feito. Meu pai fala que, se eu passar em último lugar, já está ótimo." A candidata Veridiana de Vivo Marques, 18, escolheu prestar fonoaudiologia porque a concorrência é baixa. "Ano passado, tentei medicina e não entrei", diz. Ela diz que não é muito boa de física. "O que importa para a minha carreira é a parte de acústica." Já Marcos Brown Gonçalves, 21, apostava que se sairia razoavelmente bem. "Estou no terceiro ano de física na USP, o que me dá uma ótima base para o exame." Ele está desistindo do curso e tenta uma vaga em engenharia de materiais. "O curso é mais 'light' que o de física. Além do mais, tenho bastante interesse por essa área", conta. Ele aproveitava os momentos antecedentes ao exame para ouvir música. "Levo meu walkman para todo lugar. É relaxante." Segundo a Fuvest, o índice de abstenção total foi de 4,29%. Hoje os vestibulandos resolvem dez questões discursivas de matemática. Os únicos candidatos de exatas que não resolvem o exame são os que prestam química (Ribeirão Preto e USP/São Carlos). Já da área de biológicas, fazem prova aqueles que prestam zootecnia (Pirassununga), psicologia (São Paulo), engenharia agronômica e engenharia florestal. Texto Anterior: Exame de física é difícil para candidatos Próximo Texto: A prova de hoje Índice |
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