São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997
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Modelo é morta a tiros em Rio Preto

EDMILSON ZANETTI

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Diretor de TV queria reatar namoro

O diretor de imagens da Rede Vida de Televisão Marcelo Gonçalves, 30, é acusado de matar com dois tiros sua ex-namorada, a modelo e ex-apresentadora de TV Eliane Cristina Chaves, 24.
O crime aconteceu anteontem à noite na casa de Eliane, em São José do Rio Preto (451 km de SP).
Segundo a polícia, o crime foi passional. O casal tinha rompido o namoro havia quatro meses, depois de quatro anos. Segundo Fátima Moraes, 33, amiga da modelo, Gonçalves chegou a ameaçar se matar após o fim do namoro.
"Ele era apaixonado por ela, mas não imaginava que pudesse fazer isso", disse ontem o pai da garota, Heleno Chaves, 56.
Perseguição
Inconformado com o fim do namoro, Gonçalves passou a perseguir a ex-namorada, segundo três amigas com quem ela morava.
"Ele sabia tudo sobre ela. Se estava na academia, em um barzinho, ele estava sempre por perto", disse Rosemeire Fátima Brito, 29, principal testemunha do crime.
Segundo Rosemeire, os dois viviam brigando. "Ela não gostava dele. Ficava junto de tanta insistência. Ele a enchia de presentes e se considerava feio perto dela, por isso nem saíam de casa." Há dois anos, Gonçalves levou a então namorada para apresentar o programa "Clipmania", da TV Record.
Na Rede Vida e na TV Record, os funcionários dizem que Gonçalves é "um profissional supercompetente", mas "um pouco fechado".
Atualmente, Eliane namorava o empresário Carlos Eduardo Camargo de Toledo, 29, de São Paulo. Ela planejava se mudar para São Paulo para casar com Toledo e prestar vestibular para odontologia, segundo as amigas.
O crime
Gonçalves chegou à casa de Eliane por volta das 18h, perguntado por uma fita de vídeo, segundo Rosemeire. O casal discutiu, e Gonçalves, segundo Rosemeire, trancou a modelo no quarto, onde a teria atingido a tiros.
Os tiros acertaram a nuca e as costas de Eliane. Em seguida, ele teria fugido. Parentes do diretor de imagens ouvidos pela Agência Folha, que não quiseram se identificar, temem que ele se suicide.

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