São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997
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Perueiro faz protesto contra blitz

DA FT

Um protesto reuniu ontem 500 perueiros clandestinos na zona sul de São Paulo. Eles iniciaram greve contra o excesso de fiscalização da prefeitura, pela criação de linhas e expedição de credenciais.
Os perueiros marcaram para as 12h de hoje um protesto na porta do DTP (Departamento de Transportes Públicos), com mais de mil peruas. "Vamos ver se eles terão coragem de apreender todas as peruas ao mesmo tempo e, com isso, gerar violência", disse Laércio Ezequiel dos Santos, presidente da ATA (Associação de Transportadores em Autolotação) da zona sul.
Segundo ele, há 3 mil perueiros na região, mas só 500 têm credencial e só 180 trabalham em linhas regularizadas. Anteontem 14 lotações foram apreendidas no local.
O início da greve estava marcado para as 6h, mas a maioria dos perueiros trabalhou até as 8h.
Os perueiros se encontraram em diversos pontos da região, e foram em carreata para a rua Vitor Mozine (Socorro), em frente à sede da ATA. Eles receberam cerca de 200 multas de policiais do DSV (Departamento de Operações do Sistema Viário), segundo o coronel PM Antonio Carlos Rufino Freire, por estacionamento em fila dupla, em guias rebaixadas, em postos de ônibus e em cima de calçadas.
O presidente da ATA ficou duas horas em negociação com a prefeitura, pelo telefone, até conseguir uma audiência com o secretário municipal dos Transportes, Carlos de Souza Toledo -o que foi suficiente para dispersar os manifestantes.

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