São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Caso de Valadares é o pior, diz ministro PAULO PEIXOTO DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE O ministro da Saúde, Carlos César Albuquerque, disse que na região de Governador Valadares (MG) "a situação é mais preocupante".Ele fez um vôo ontem na companhia do governador do Estado, Eduardo Azeredo, pelas regiões atingidas pelas chuvas em Minas Gerais. "Nas áreas da região metropolitana de Belo Horizonte e em Ouro Preto, os problemas são mais de ordem material do que de saúde pública", disse. Para ele, a preocupação agora é evitar o surgimento de doenças. O ministro afirmou que até amanhã o Estado já terá recebido 900 mil unidades de antibióticos e anestésicos -cerca de 60% desse montante já chegou a Minas. Vacina Com relação à vacina tríplice (contra o tétano, a difteria e a coqueluche), o ministro disse que já foram remetidas 50 mil doses e que, até o final do mês, outras 250 mil doses da vacina serão destinadas ao Estado. O secretário de Políticas Regionais, Fernando Catão, que também participou do sobrevôo, a pedido do presidente Fernando Henrique Cardoso, disse que a pior situação com as enchentes "realmente é a de Minas". Ele disse que a partir de segunda-feira, em Brasília, serão assinados convênios com o governo mineiro para as situações emergenciais. "A medida provisória assinada pelo presidente tem o propósito de dar urgência à liberação dos recursos", disse Catão, assinalando que Minas deve ficar com cerca de R$ 10 milhões. Rio e Espírito Santo, que também sofrem com as enchentes, ficam com mais R$ 4 milhões. Esse dinheiro será apenas para as situações emergenciais. A avaliação dos estragos causados pelas chuvas ainda não foi concluída, já que muitas cidades ainda estão submersas. Morte A Cedec (Coordenadoria de Defesa Civil) registrou ontem a 79ª morte de Minas Gerais em decorrência das chuvas. Trata-se de um homem -sua identificação não foi fornecida- que foi soterrado na cidade de Ewbank da Câmara. Com ele, subiu para 79 o número de vítimas fatais em consequência das chuvas. Desabrigados O número de desabrigados começou a baixar ontem, pois muitas famílias estão conseguindo retornar para suas casas, depois da cheia dos rios. Os desabrigados na tarde de ontem eram 41.974 pessoas. Outras 1.512 continuavam ilhadas. Texto Anterior: Azeredo diz que não é "super-homem" Próximo Texto: Espírito Santo ainda não calculou prejuízos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |