São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997
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Comércio sacrifica preço para vender

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O faturamento do comércio na região metropolitana de São Paulo caiu 5,32%, em média, no ano passado, na comparação com 1995. A venda física cresceu 2,16%, no período.
Em dezembro de 1996, a receita dos lojistas cresceu 5,19% sobre a de igual mês de 1995 -menos do que a previsão inicial, que era a de faturar 6% mais, no período.
A venda física aumentou 10,33% em dezembro de 1996 sobre igual mês de 1995 e também ficou abaixo da estimativa, que era a de crescer 14%, no período.
Os números são da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. "O faturamento do comércio no Natal de 1996 foi 9,45% menor do que o de 1994 -o melhor para os lojistas até agora", diz Mônica Hage, economista da federação.
Para ela, o faturamento e a venda física do comércio no Natal ficaram abaixo do esperado porque as vendas das lojas de departamentos, de utilidades domésticas, cine, foto e som e móveis e decoração não foram tão boas quanto se previa.
Essas lojas, que, segundo a federação, reúnem o comércio de bens duráveis, esperavam vender em dezembro de 1996, em unidades, 20% mais do que em igual mês de 1995. Mas o crescimento foi de 10,06%.
"Elas apostavam que a venda no Natal seria tão boa quanto a verificada ao longo do ano. Isso não se confirmou. Por isso, os estoques estão acima do programado", diz Mônica.
O comércio de semi-duráveis (vestuário, tecidos e calçados), que já tinha previsão de faturar no Natal de 1996 cerca de 4% menos do que em igual mês de 1995, também ficou surpreso com a queda na receita -de 16,10%, em média-, no período.
"As lojas de maior porte registraram movimento menor de vendas do que as de pequeno porte. Por isso, a queda no faturamento foi tão acentuada", explica Mônica.
Na sua análise, o comércio de roupas, tecidos e calçados entrou em 1997 com estoque menor do que o de eletroeletrônicos porque apostou num consumo mais fraco para o final de 1996.
Calçados
As lojas que registraram a maior queda de faturamento -de 26,12%- em 1996 sobre 1995 foram as de calçados.
O comércio de tecidos e de roupas também faturou menos -a queda foi de 20,54% e 3,13%, respectivamente, no período.
O Natal de 1996 também não foi dos melhores para essas lojas. O comércio de calçados faturou 40,17% menos do que no Natal de 1995. No caso das lojas de tecidos, a queda foi de 17,42% e de vestuário, de 6,12%, no período.
Veículos
As concessionárias de veículos e as autopeças também registraram queda de faturamento -de 16,16%, em média- em 1996 sobre 1995. Em dezembro de 1996, no entanto, a receita do setor cresceu 7,68%, em média, na comparação com igual mês de 1995.
Supermercados
Os supermercados também não tiveram bom desempenho em 1996. Segundo levantamento da federação, o faturamento dos supermercados caiu 2,87% sobre o de 1995. Em dezembro de 1996, no entanto, esse setor faturou 6,79% mais do que em igual mês de 1995. O volume de vendas cresceu 4,73%, no período.
Farmácias
As farmácias e perfumarias já foram bem ao longo do ano passado. O faturamento cresceu 6,73% na comparação com 1995.
Já no mês de dezembro esse setor registrou receita 1,23% menor do que a de igual mês de 1995.

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