São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997
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Prazos das aplicações serão alongados

DA REPORTAGEM LOCAL

Os bancos deverão lançar em breve novas aplicações com prazos mais longos.
Eles ainda estudam esses novos investimentos, mas já têm em mente oferecer produtos diferenciados, que não prejudiquem o cliente com o pagamento da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
"Vamos oferecer outras alternativas para a clientela, como CDBs com prazos de seis meses, para adequar nossos produtos à cobrança da CPMF", diz Décio Tenerello, diretor-executivo do Bradesco.
O banco já decidiu suspender as aplicações automáticas de conta corrente para os fundos de curto prazo. O Banco do Brasil também irá adotar essa medida.
Mas é a caderneta de poupança quem deverá ser a maior beneficiada com a entrada em vigor da CPMF, atraindo a maior parte dos depósitos, apostam os bancos.
Rentabilidade
"A rentabilidade da poupança está bastante competitiva", diz Tenerello. Até o dia 7, o Bradesco havia captado R$ 121 milhões em depósitos na poupança - aumento de 1,23% sobre o saldo de dezembro, diz o diretor-executivo.
O Banco do Brasil também lançou em novembro o "BB Replic", aplicação trimestral, apostando em investimentos com prazos maiores, afirma Douglas Macedo, gerente-executivo de produtos e serviços do BB.
O saldo do "BB Replic" aumentou R$ 600 milhões em dezembro- crescimento de 8% sobre novembro, informa Macedo.
"É a hora da poupança", diz Fernando Sá, gerente-geral de captação do Banco Real, que também estuda aplicações diferenciadas para seus clientes.
Transferência de contas
O Itaú, que irá transformar automaticamente suas cadernetas de poupança mensais em trimestrais, irá também criar um cheque para transferências de contas correntes que tenham os mesmos titulares.
O primeiro talão não será cobrado. A tarifa para os talões seguintes ainda não foi definida pelo banco.

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